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Retorno à normalidade e novo ano letivo

No dia 1 de junho, por sinal dia internacional da criança, foi dado mais um passo no regresso à atividade normal da Voz do Operário, tendo a valência pré-escolar retomado a sua atividade presencial, acompanhando assim a Creche, cujas crianças também regressaram aos equipamentos da Voz do Operário a partir de 18 de maio.

Quanto ao 1º ciclo e 2º ciclo, vão terminar o ano letivo nos atuais moldes de ensino acompanhado à distância, esperando-se que o próximo ano letivo se possa iniciar já com a presença dos alunos nos respetivos equipamentos educativos.

A Voz do Operário tomou uma série de medias com vista ao desenvolvimento de condições de segurança sanitária para as crianças e os trabalhadores, sendo que no caso da comunidade que envolve a Voz do Operário não tivemos, felizmente, notícia de nenhuma situação mais preocupante.

Mesmo quando os equipamentos educativos estiveram encerrados, procurámos garantir que as nossas crianças, nos vários níveis de ensino, não ficassem desacompanhadas. Nesse sentido, foram implementadas estratégias tendo em vista o apoio às famílias e o acompanhamento dos alunos através da apresentação de propostas de trabalho, tarefas, etc. procurando reproduzir tanto quanto possível as dinâmicas de sala e tentando garantir que o percurso e progresso de cada criança na construção individual do currículo ficasse o menos possível prejudicada.

Recorde-se que as valências de apoio domiciliário e refeitório social mantiveram a sua atividade normal durante todo este período, ao mesmo tempo que aos utentes do Centro de Convívio, que deixaram de poder frequentar as instalações da Voz do Operário, foi-lhes facultada a refeição nas suas residências.

Importa aqui enaltecer o papel dos trabalhadores da Voz do Operário, designadamente os que mantiveram a sua atividade presencial e os que mesmo à distância acompanharam as nossas crianças, com grande afeto e qualidades pedagógicas, patenteando todos uma grande dedicação e empenho, totalmente imbuídos no espírito da Voz do Operário.

Também as atividades associativas estão em fase de desconfinamento, sendo que vamos mantendo os sócios informados relativamente à sua reabertura paulatina, naturalmente dentro dos condicionalismos a cada momento existentes e acautelando os cuidados sanitários que vão sendo aconselhados.

A Assembleia Geral que havia sido adiada devido à pandemia da Covid19, foi agora reagendada para o próximo dia 25, na qual vamos submeter aos sócios o Relatório de Atividade e as Contas de 2019, bem como debater a situação atual e as perspetivas para o próximo futuro.

Apelamos aos sócios que participem na Assembleia, local privilegiado para se inteirarmos da situação da Voz do Operário e dar o seu contributo com vista à sua atividade futura.

Por outro lado, estão em curso em inscrições para o próximo ano letivo, sendo que as mesmas decorrem a bom ritmo, havendo já algumas valências esgotadas e com fila de espera. Todavia, outras há em que ainda existem vagas, pelo que apelamos aos sócios e a todos que tenham crianças, que verifiquem se têm lugar e as inscrevam na Voz do Operário.

Apesar das atuais contingências e também por causa delas, a preparação do novo ano letivo reveste-se de uma importância a crescida, com todo o trabalho preparatório, desde os aspetos pedagógicos à afetação de meios, incluindo os novos procedimentos sanitários, de molde a que tudo esteja pronto para um bom arranque e para que o ano letivo se possa desenrolar com todo o êxito.

Importa reafirmar que o projeto educativo da Voz do Operário assenta na construção de uma escola democrática em que a perspetiva sociocultural da educação assume cada vez mais um papel de referência e destaque, designadamente na aceitação generalizada de uma visão dos processos escolares de ensino e aprendizagem apoiada nas teorias socioconstrutivistas, em que a construção do conhecimento é concebida como um processo de co-construção, com um carácter intrinsecamente social, interpessoal e comunicativo.

Deste modo, a construção do conhecimento é entendida como um processo de interação social compartilhado entre os diferentes atores, onde a sala de aula é um meio privilegiado para a participação dos alunos em práticas culturalmente organizadas com ferramentas e conteúdos culturais.

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