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Jantar celebra 144 anos do jornal A Voz do Operário

Dezenas de trabalhadores, colaboradores e amigos d’A Voz do Operário celebraram o aniversário da mais antiga publicação operária do país com um jantar na nossa sede. Antes, fizeram uma visita pelo edifício acompanhados pelo presidente d’A Voz do Operário, Manuel Figueiredo, pelo vice-presidente, Vítor Agostinho, e pelo diretor-geral, Nuno Abreu.

Foi oito anos depois da formação do primeiro governo operário da história com a Comuna de Paris que as mulheres e os homens que defendiam os mesmos princípios e trabalhavam em Lisboa por meia dúzia de tostões na indústria tabaqueira decidiram lançar este jornal. 

A importância de um jornal comprometido, ao lado dos trabalhadores e da população, enraizado na ideia de que é dando voz às lutas de quem trabalha que se defende a liberdade e a democracia.

Durante as últimas décadas, às políticas de direita que conduziram à privatização da esmagadora maioria dos órgãos de comunicação social sucedeu-se a extinção de dezenas de títulos de imprensa e a concentração de quase todos os meios nas mãos de uns poucos grupos económicos e financeiros.

Como afirmou o sindicalista José Gregório de Almeida, em 1938, A Voz do Operário nasceu “da luta dos trabalhadores das fábricas de tabaco” face ao seu “esmagamento moral e material”, num tempo em que este era um dos setores operários mais “desgraçados”. Porque a imprensa generalista não lhes dava voz, um grupo de trabalhadores mais conscientes percebeu a importância de terem o seu próprio jornal.

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