O mês de junho é dos meses mais especiais para A Voz do Operário. Cumprindo a tradição, a instituição deixa-se ocupar pela azáfama junina, abrindo os seus pátios para arraiais e petiscadas. Este ano, voltaram a não faltar as sardinhas, as marchas populares, com particular enchente na noite de Santo António, onde a presença da banda Trio Nova Opção, que tocou do terraço, fez da rua da Voz do Operário uma enorme pista de baile, e nem a inclinação demoveu a animação dos pares dançantes e dos comboios humanos que se seguiam em folia.
Nuno Abreu, director geral d’A Voz do Operário, destaca a participação massiva: “milhares de pessoas passaram pel’ A Voz, ao longo dos vários dias”. Não quis também deixar de referir o que é já um traço desta realização: ser erguida pela massa associativa da instituição: “no essencial, este trabalho é feito em regime de voluntariado e este ano contámos com a participação de dezenas de trabalhadores, sócios e amigos d’A Voz do Operário. Foi uma celebração com grande energia, como é apanágio d’A Voz do Operário”.
No que toca à marcha, o tema lançado pela EGEAC foi o centenário do Parque Mayer. A esse, a Marcha Infantil d’A Voz do Operário juntou a incontornável celebração dos 140 da sua instituição: “140 anos a aprender e ensinar”, foi o mote que encabeçou a edição 2023. Assim, os motivos decorativos de arcos e das roupas procuraram materializar as temáticas: lápis enfeitavam as roupas e os arcos, em forma de livro, nas costas revelavam uma boca de cena: aprendizagem e arte, como faces da mesma moeda. Figurinos e cenografia ficaram a cargo de Nuno Lopes. As marchas entoadas pelas 72 crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos, tinham letras do Ricardo Gonçalves Dias e Sara da Costa e músicas de Carlos Alberto Vidal e Carlos Alberto Moniz. Sofia Cruz, ensaiadora e coordenadora da Marcha Infantil, destaca o trabalho voluntário de trabalhadores, sócios e amigos da instituição, que permitiu, mais um ano, dar corpo a esta realização.
