Ao longo do ano de 2023, a comemoração dos 140 anos da fundação da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário tem marcado a atividade da instituição. Com o objetivo de mostrar a história do passado e do presente para lá das fronteiras d’A Voz do Operário, a Praça do Rossio recebe uma exposição até dia 13 de outubro que divulga alguns dos rostos que fazem da instituição aquilo que é com uma explicação da sua história e dos seus valores.
A inauguração da exposição, a 15 de setembro, teve a presença de cerca de uma centena de pessoas que quiseram celebrar, uma vez mais, o aniversário da instituição. No local, Rita Morais, diretora de Comunicação e Cultura d’A Voz do Operário, explicou o propósito da exposição e o processo de construção da mensagem que se pretendia transmitir.
Por sua vez, o presidente da direção da instituição agradeceu o esforço dos trabalhadores que contribuíram para a realização da exposição e o contributo
e a parceria com a câmara municipal de Lisboa. Manuel Figueiredo recordou ainda que A Voz do Operário nasceu da luta dos operários tabaqueiros contra a exploração a que estavam sujeitos. Foi em 1883 que foi fundada a instituição para dar apoio ao jornal A Voz do Operário, nascido quatro anos antes, em 1879. Entre os objetivos, explicou, estava a educação dos operários e dos seus filhos, algo que se mantém. “A Voz do Operário viveu a luta contra a monarquia, viveu a implantação da República, e, na altura da República, A Voz do Operário foi um dos principais pólos de educação do nosso país. Chegou a ter mais de 80 escolas. Viveu a ditadura e viveu o 25 de Abril”, sublinhou o presidente da instituição. Para além do passado, Manuel Figueiredo destacou o presente e o futuro, recordando que A Voz do Operário tem sete equipamentos educativos e que vai a caminho do oitavo no Parque das Nações.
Por sua vez, Marco Guerra, chefe de divisão da Ação Cultural da câmara municipal de Lisboa, revelou o “entusiasmo” com que a autarquia se associou às comemorações do aniversário da instituição. Ressaltou ainda a atividade d’A Voz do Operário ao longo da sua história com intervenção na área educativa e do apoio social e afirmou que a exposição é uma pequena amostra com visão de futuro com riqueza de futuro, dinâmica e o seu grande contributo para a cidade de Lisboa.
