Editorial

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143 anos depois, a Voz ainda faz falta

Em mês de aniversário, o Jornal A Voz do Operário, continuando a fazer jus às suas origens, retira da penumbra as causas de uma crise que invariavelmente a Comunicação Social faz questão de anunciar com pompa, que se desdobra na construção de cenários, que comenta até à saciedade, mas que se esquece de explicar. Falamos da habitação, da bolha imobiliária que a Christine Lagarde, enquanto diretora do FMI ajudou a encher, com os parceiros da Troika e a cumplicidade do bom aluno português, e que depois, enquanto presidente do Banco Central Europeu, vai fazer rebentar, ao decidir aumentar as taxas de juro.

De resto, a burocracia europeia, que Lagarde bem representa, talvez não tão bem quanto a sua colega Ursula von Der Leyen, já determinou as regras da liberdade: de imprensa e de pensamento, segundo os padrões europeus. Ursula dirá, como Luís XIV, a democracia sou eu, e decretou que a comunicação social livre é a que a segue, a outra não é democrática e, portanto, é para apagar. E a distinta classe jornalística assina por baixo. A Voz do Operário não subscreve este conceito de liberdade e, portanto, denuncia-o.

O jornal dá voz a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, que denuncia uma das razões pelas quais as lágrimas do governo à estabilidade da Segurança Social são lágrimas de crocodilo, assim como são de crocodilo as lágrimas vertidas pelo Executivo quando fala da precariedade no emprego jovem.

A TAP pública é outra das causas que aqui são abordadas com números, sem ficção, nem pressa de fechar um dossier que pode sair muito caro a todos nós. Por fechar ficou o dossier eleições do Brasil e falamos-lhe da problemática, mais do que a eleição de Lula, que ainda está por decidir numa segunda volta, a dificuldade que coloca ao Brasil sacrificado pela política bolsonarista, designadamente no período da pandemia.

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