O ano começa com o debate sobre um instrumento fundamental
para o país. A forma como o Estado gere o dinheiro de todos devia
merecer a nossa análise. O Orçamento do Estado para 2020 proposto
pelo governo na Assembleia da República está longe de servir
os interesses de quem trabalha e vive em Portugal. A verdade é
que o executivo liderado por António Costa continua a não querer
governar à esquerda e prefere fechar os olhos às profundas desigualdades
que subsistem no nosso país. O reduzido aumento do salário
mínimo e da remuneração geral dos trabalhadores do público
e do privado mostra que não há vontade política para implementar
medidas que favoreçam a justiça social. Os portugueses são diariamente
confrontados com a falta de funcionários e condições nos
serviços públicos. O OE2020 tem de dar resposta às necessidades
dos trabalhadores e do povo.

Quem pediu mais paz no mundo para este ano assistiu estupefato
ao assassinato do General Soleimani, líder militar iraniano,
num ataque terrorista ordenado por Donald Trump à margem do
direito internacional. Soleimani foi um dos principais responsáveis
pela derrota do Estado Islâmico e da al-Qaeda na Síria e no Iraque
e foi assassinado em Bagdade. Que os Estados Unidos se sintam à
vontade para agirem como pistoleiros no Médio Oriente impondo a
sua vontade à lei da bala mostra como nada mudou na Casa Branca.
É a hora de os governos assumirem uma posição frontal contra a
guerra e contra as políticas belicistas dos Estados Unidos. Quem
quer a paz não promove a guerra.

Artigos Relacionados