Este ano, o Dia Nacional do Estudante coincidiu com os 60 anos da crise académica de 1962 e, seis décadas depois, os estudantes voltaram a sair à rua, para exigir um melhor ensino superior. Foram muitos os que percorreram o percurso entre a Praça do Rossio e a Assembleia da República, respondendo ao repto do manifesto da associação de estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, subscrito pela Federação Académica de Lisboa, pela Associação Académica da Universidade de Lisboa e por associações de estudantes de outras 12 instituições em Lisboa, Porto e Caldas da Rainha.
Para além dos estudantes do ensino superior, também muitos alunos do ensino secundário se juntaram em protesto por melhores condições nas escolas.
Há 60 anos, milhares de estudantes foram detidos e espancados pela polícia em pleno regime fascista. A principal reivindicação era a liberdade de associação e as liberdades democráticas em geral. A autonomia universitária, desligando a academia do poder político e policial, era uma das exigências, assim como o protesto contra o ataque às associações de estudantes e as ocupações policiais.