Trabalho

Cultura

Greve leva à demissão de administrador da Opart

Numa situação incerta, depois da demissão do presidente do conselho de administração do organismo cultural Opart, Carlos Vargas, continua a luta dos trabalhadores da Companhia Nacional de Bailado (CNB) e do Teatro Nacional São Carlos (TNSC), confirmou à A Voz do Operário André Albuquerque do CENA-STE. Estes profissionais têm mantido desde 7 de junho várias greves, por questões salariais, que levaram ao cancelamento de vários espetáculos. Em 2009, e por acordo entre o sindicato e o OPART, os técnicos do TNSC, como parte de um compromisso alargado, aceitaram um vencimento base equiparado ao dos técnicos com funções similares da CNB, mas proporcionalmente inferior visto que estes trabalhariam 40 horas semanais e os do TNSC 35 horas semanais. A redução do horário de trabalho dos técnicos da CNB, decidida em setembro de 2017, para as 35 horas semanais, vinha impor a resolução da diferença salarial. Em março, depois de uma reunião do conselho de administração do OPART com os representantes sindicais, os trabalhadores do TNSC e da CNB foram informados de que a harmonização salarial seria processada nesse mês. Mas em maio, foi dito que entraria em vigor apenas em 2020. Perante a luta pela resolução imediata do problema, como acordado, o governo anunciou que em vez de corrigir a injustiça e aprovar as 35 horas para as duas estruturas vai aumentar para a carga horária da CNB para as 40 horas semanais. Decisão que levou o CENA -STE a anunciar que vai avançar judicialmente contra a decisão enquanto prosseguem as paralisações.

Artigos Relacionados