Trabalho

Despedimentos coletivos duplicaram em 2020

O total de despedimentos supera o do último ano da troika. Quase 700 empresas deram início a processos de despedimentos coletivos no ano passado, abrangendo um universo total de 8299 trabalhadores, revelam os dados facultados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao Expresso.

Com os números disponibilizados até novembro, 37% são micro empresas e 39,5% correspondem a pequenas empresas. Só recuando a 2013 se encontram registos piores, ano em que se contabilizaram 990 processos, abrangendo 9167 trabalhadores. Ou seja, as medidas que o governo disponibilizou às empresas não impediram o despedimento de milhares de trabalhadores.

O executivo encabeçado por António Costa aprovou a proibição de despedimento por parte das empresas mas apenas foi decretada para o período de vigência dos apoios e até 60 dias após o seu fim, como aconteceu com o lay-off simplificado, o apoio à retoma, ou o incentivo extraordinário à normalização de atividade. Sem grandes alterações nos primeiros meses de 2021, a crise pandémica e a falta de mais medidas pode agravar a situação.

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