O Orçamento do Estado para 2024 foi aprovado, na generalidade, na Assembleia da República, depois de dois dias de debate, pelo PS com a abstenção do Livre e do PAN. Durante as duas sessões, à esquerda, o PCP sublinhou não estar contemplado qualquer travão ao aumento das rendas. Paula Santos, líder da bancada comunista, afirmou que “além de procurar iludir as pessoas, não consegue esconder a opção do governo por um OE que limita os salários, não promove investimento público nem aposta na produção nacional” e que “faltam respostas para fixar profissionais de saúde, para resolver a falta de professores, para garantir o direito à habitação e proteger a casa de família”. Por outro lado, o PCP defendeu que “há dinheiro para aumentar os salários”, referindo o excedente orçamental para alavancar um avanço de 15% nos salários.
Por sua vez, o BE focou-se no aumento da IUC e no Serviço Nacional de Saúde. “O governo não tem o direito de dizer aos profissionais de manterem as urgências abertas e de se sujeitarem a horas de trabalhos impossíveis”, afirmou Mariana Mortágua condenando a ideia de só haver SNS “se os médicos aceitarem mais um, dois, três meses de trabalho, para além do seu ano de trabalho”.
Várias estruturas da CGTP-IN têm promovido lutas contra as propostas do governo, incluindo protestos setoriais pelo aumento dos salários. Para o próximo dia 11 de novembro, a central sindical está a convocar manifestações convergentes para Lisboa e para o Porto.