Sociedade

CGTP-IN contesta aumento do custo de vida

A central sindical contesta a escalada de preços e as consequências da
guerra em curso da Ucrânia sobre os trabalhadores e a população.

A central sindical considera que o aumento geral dos salários a solução primordial.

Com um novo governo a entrar em funções, Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP-IN, não quis comentar as caras dos ministérios. “Para a CGTP-IN o que importa não são as pessoas que ficam nos ministérios, mas sim as políticas que serão seguidas pelo novo governo. O que nos interessa é saber o que o governo pretende fazer, sobretudo face à atual situação de aumento brutal do custo de vida”, disse à agência Lusa.

A Intersindical Nacional prometeu que vai continuar a exigir ao novo governo a alteração das políticas, de forma a responder às necessidades dos trabalhadores, da população e do país, independentemente da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, ter sido reconduzida.

Em comunicado, a central sindical afirmou que “os trabalhadores e suas famílias estão confrontados com o aumento brutal do custo de vida e a degradação dos salários, empobrecendo os trabalhadores ao mesmo tempo que as multinacionais se preparam para concentrar lucros e dividendos cada vez maiores”. Para a CGTP-IN, isto “não é aceitável”.

Com a escalada de preços, esta central sindical considera que os combustíveis “são apenas a face mais visível desta escalada uma vez que todas as classes de bens e serviços estão num processo de subida desde os mais essenciais, como os alimentares, incluindo o pão, aos outros bens, como os de lazer e de cultura”.

Nesse sentido, considera que o aumento do preço da energia não explica tudo porque “o enorme aumento nos preços de venda dos combustíveis não é só explicado pelo custo do barril de petróleo, pois as distribuidoras adquiriram o produto a valores mais baixos que os atuais”. A CGTP-IN denuncia um aumento da margem de lucro em detrimento do empobrecimento da população mas recorda que a especulação não se deve apenas aos preços da energia. “O poder de mercado das empresas têm também importantes papéis”.

Como solução, a central sindical considera que o aumento geral dos salários “já era uma emergência nacional e é agora fundamental também para fazer face ao aumento geral dos bens e serviços com que estamos a ser confrontados”.

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