Quando brindamos à chegada do novo ano, projetamos no futuro a esperança de uma vida melhor. No mundo turbulento em que vivemos, a ameaça permanente da guerra e da pobreza não deve deixar-nos sucumbir na desilusão ou na apatia. O que faz de um ano melhor ou pior não é fruto do acaso ou da sorte. É a dialética que opõe os poderosos à maioria da humanidade. Fazê-los cair dos pedestais e construir um mundo de paz e justiça social é a receita para parirmos anos melhores.
A tragédia que se abate no Médio Oriente sobre os povos da Palestina, Líbano, Síria e Iémen tem um culpado que se chama Israel. O Ocidente, com os Estados Unidos à cabeça, perderam toda a vergonha e permitem que um genocídio decorra à frente dos nossos olhos em Gaza. Na Ucrânia, já se fala em negociações de paz, mas noutras partes do mundo espreita o perigo da guerra.
Em Portugal, periferia da União Europeia, o governo PSD/CDS opta por políticas repressivas e xenófobas contra os imigrantes procurando roubar o eleitorado da extrema-direita. Simultaneamente, procura destruir o Serviço Nacional de Saúde e degradar outros serviços públicos. Este é o governo dos grandes grupos económicos e financeiros. Com lucros recorde, há uma minoria que continua a viver à custa do nosso suor e cabe-nos lutar para virar o tabuleiro. Sejamos nós os parteiros de um verdadeiro ano novo, construtores da mudança.