A Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário foi fundada em 1881 colocando a educação como “a sua principal valência com uma ação pedagógica largamente reconhecida, cujo princípio visa aprofundar a cidadania ativa, promovendo o interesse pelo conhecimento e pelo espírito crítico, o respeito pela diferença através da inclusão e a qualidade de vida no seio da comunidade escola”, afirma o manifesto de apoio à instituição, referindo que esta linha de trabalho vai ao encontro, “de forma transversal, dos princípios que o Ministério da Educação tenta preconizar”.
No presente, A Voz do Operário conta com mais de 1150 crianças a frequentar os diferentes níveis de escolaridade, que vão desde o berçário até ao 2.º ciclo, distribuídas por oito estabelecimentos educativos, “participando de forma decisiva na educação destas crianças desde os três meses de vida, até aos doze anos de idade”, acrescenta o documento.
Anualmente, a instituição recebe largas dezenas de estagiários, futuros professores, educadores, psicólogos, animadores socioculturais, técnicos informáticos e auxiliares de acão educativa, algo que, segundo os promotores do manifesto, contribui “de forma ativa para a formação de futuros membros da comunidade educativa do nosso país”.
Nesse sentido, de forma a apoiar as famílias dos alunos que frequentam A Voz do Operário, foi celebrado um acordo com o Ministério da Educação. Contudo, nos últimos 15 anos o montante desse apoio tem-se mantido inalterado, apesar do aumento dos preços através da inflação, o que fez com que os custos suportados tenham subido drasticamente, com “consequências muito graves para A Voz do Operário, que vem acumulando prejuízos que põem em causa a sua sustentabilidade e a manutenção deste importante serviço prestado à comunidade”.
O manifesto pretende, assim, em nome da direção da instituição, dos trabalhadores e dos sócios, pais e encarregados de educação d’A Voz do Operário, apelar ao Ministério da Educação para que reveja, com caráter de urgência, os valores dos apoios concedidos, no mínimo acompanhando os níveis da inflação dos últimos 15 anos, período durante o qual o valor do apoio não sofreu qualquer atualização.
