Voz

25 de Abril

O dia em que a avenida foi rio de povo

A enchente que fez transbordar Lisboa no desfile comemorativo da revolução de Abril teve como afluente uma enorme participação d’A Voz do Operário.

Depois da enorme festa na noite anterior na Praça Paiva Couceiro, o dia prometia ser histórico. Entre a imensa maré humana, que ultrapassou em muito os habituais números da celebração desta data, A Voz do Operário compareceu em peso. Com enormes balões e várias faixas, crianças e adultos deram corpo à vontade de mostrar que Abril continua vivo e atual.

Para Nuno Abreu, diretor-geral da instituição, a revolução tem toda a importância para A Voz do Operário, “que a ajudou a construir”. Recordou ainda os dirigentes, trabalhadores e sócios que lutaram para que chegasse “aquela bela madrugada da liberdade, da democracia, dos direitos das populações”. Nesse sentido, sublinhou que o dia é de celebração mas que há que “continuar a fazer Abril no presente e no futuro”.

Entre os participantes estava também Bárbara Ramires, diretora pedagógica do Espaço Educativo da Graça, que mostrou estar muito feliz com a tanta gente à sua volta. “Temos aqui A Voz do Operário em peso, não só da Graça. Estamos todos aqui, com crianças tão pequenas a lutar pela liberdade, a marcar a nossa posição. Queremos uma educação em liberdade, crianças em liberdade, professores em liberdade, todos os funcionários em liberdade”.

Carregado de simbolismo, as crianças d’A Voz do Operário subiram ao palco para cantar a revolução. Perante uma praça cheia de gente madura, as vozes destas meninas e meninos foram acompanhadas por milhares nas canções de Abril.

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