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Abril e combate  à exploração em foco no congresso da CGTP-IN

É já no fim deste mês, a 23 e 24 de fevereiro, no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha, no Seixal, que se realiza o 15.º congresso da CGTP-IN.

Sob o lema “Garantir direitos, combater a exploração, afirmar Abril por um Portugal com futuro”, o 15.º congresso da CGTP-IN realiza-se no ano em que se comemoram os 50 anos da revolução de Abril. De acordo com a maior central sindical nacional, o encontro vai realizar-se “num quadro de forte agravamento das condições de trabalho e de vida” e no qual ganha destaque “a luta dos trabalhadores e do povo”. 

Para a CGTP-IN, “exige-se uma política alternativa que enfrente os interesses dos grandes grupos económicos e que rompa com o caminho de favorecimento desses mesmos interesses, que tem sido seguido pelo PS, com o apoio do PSD, CDS, CH e IL”.

Segundo os documentos que vão estar em discussão, este momento corresponde ao “acontecimento maior da história de Portugal”, “resultou de décadas de resistência e luta e concretizou a vontade coletiva dos trabalhadores e do povo português” para derrubar o fascismo. 

“O projeto sindical que corporizamos marcou e foi marcado de forma indelével pela revolução. As conquistas e valores que a CGTP-IN contribuiu para garantir e consolidar e que continua a defender e a exigir que sejam cumpridos, fazem parte do seu património de luta e, estão presentes na acção em defesa dos direitos e pela melhoria das condições de trabalho e de vida, que moldam a forma como nos organizamos, a natureza de classe que assumimos e os princípios da unidade, democracia, independência, solidariedade e do sindicalismo de massas pelos quais nos regemos”, refere ainda o programa de ação aprovado no Conselho Nacional da central sindical.

A CGTP-IN define-se como uma organização de massas “porque nela se organizam e participam todos os trabalhadores, independentemente da sua raça, crença religiosa ou do partido a que pertençam”. Um dos principais propósitos da sua existência é “organizar os trabalhadores para a defesa dos seus direitos coletivos e individuais” e “desenvolver um sindicalismo de intervenção e transformação, com a participação dos trabalhadores, na luta pela sua emancipação e pela construção de uma sociedade mais justa e fraterna, sem exploração do homem pelo homem”. 

Durante dois dias, para além da análise política da situação nacional e internacional, assim como das formas de luta a travar no futuro, a CGTP-IN vai ainda eleger os seus órgãos internos.

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