Voz

Presidente

Prosseguir o Projeto d’A Voz do Operário

Estamos a viver um tempo estranho e difícil, em que o combate à pandemia e ao medo tem de ser feito tomando todas as medidas sanitárias e cumprindo as regras de segurança, para podermos prosseguir a atividade com a normalidade possível.

Apesar das dificuldades, não é demais enaltecer a capacidade demonstrada pel’A Voz do Operário, pelos seus trabalhadores, para enfrentar as situações com que nos deparámos, bem como a boa resposta dada, por vezes em situações nunca antes experimentadas.

Essa resposta permite que A Voz do Operário prossiga a sua atividade, de forma que poderíamos considerar “normal” não fora ter de se conviver com os condicionalismos sanitários e de segurança indispensáveis no combate à pandemia.

O projeto Educativo d’A Voz do Operário, caraterizado pela aprendizagem dialogada, como uma concretização das propostas pedagógicas de associações como o Movimento da Escola Moderna, continua a ser desenvolvido em pleno nos nossos sete equipamentos, abrangendo um universo de cerca de 1.100 crianças.

Na área social, o apoio domiciliário e o refeitório social prosseguem a sua atividade, ao mesmo tempo que continua a ser facultada a refeição nas suas residências aos utentes do Centro de Convívio. Por outro lado, estamos também à fornecer mais 300 refeições diárias de acordo com o protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Lisboa no âmbito da resposta social de emergência alimentar.

Continuam a ser levadas a cabo iniciativas de caráter cultural, dentro dos atuais condicionalismos, tendo-se coroado de êxito o festival “O Jazz tem Voz” que decorreu nos passados dias 9, 10 e 11 de outubro com eventos nas instalações d’A Voz do Operário e no espaço público.

Na esteira da forte ligação d’A Voz do Operário ao Fado, como se pode comprovar na revista “O Fado n’A Voz” que publicámos em 2017, em que inúmeras foram as personalidades do mundo do Fado que ajudaram a manter viva esta atividade, através de sessões de Fado realizadas ou apoiadas pel’A Voz do Operário, ao mesmo tempo que o nosso Jornal tem sido um espaço sempre aberto para muitos autores lá registarem os seus poemas, defendendo o Fado enquanto expressão cultural das classes trabalhadoras, está a ser devidamente preparada a IV Gala de Fado d’A Voz do Operário que irá decorrer no próximo dia 8 de novembro, pelas 15h, no nosso Salão de Festas, contando mais uma vez com um elenco de luxo onde iremos premiar artistas de reconhecido valor, com uma íntima ligação ao Fado e à Voz do Operário, dando assim continuidade ao elevado êxito e prestígio alcançado com a realização das anteriores Galas.

No próximo dia 12 de novembro iremos apresentar aos sócios em assembleia Geral o Plano de Atividades e Orçamento para 2021 o qual prossegue a linha de rigor, por forma garantir a sustentabilidade económica d’A Voz do Operário, apostando no incremento das atividades letivas e sociais com a manutenção da elevada qualidade do serviço prestado, valorizando e rentabilizando o património, prosseguindo a publicação regular do Jornal, mantendo atualizados os sites da Instituição e do Jornal, promovendo iniciativas culturais diversificadas e participando ativamente no movimento associativo.

Celebraremos o nosso 138º aniversário e participaremos nas comemorações do 25 de Abril e do 1º de Maio, esperando que seja possível a retoma das festas de Lisboa, para aí participarmos com a nossa marcha infantil e os nossos arraiais populares.

Entretanto, atendendo ao fim do mandato dos atuais órgãos sociais, a Mesa da Assembleia Geral d’A Voz do Operário convocou uma assembleia geral eleitoral para o próximo dia 3 de dezembro, para a eleição dos órgãos sociais referentes ao mandato 2021-2024.

Prosseguir o projeto d’A Voz do Operário é homenagear aqueles que o sonharam e concretizaram, é honrar a sua história repleta de sucessos, não só em prol da educação, como no apoio social, na cultura e no desporto, em que, cumprindo os desígnios dos seus fundadores, muitas gerações de dirigentes, sócios e amigos, sempre colocaram A Voz do Operário na linha avançada da defesa dos direitos dos trabalhadores, pugnando pela sua dignificação e elevação cultural.

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