Política

25 de Abril

Pintar a revolução em coletivo

Cerca de 200 pessoas participaram na iniciativa do PCP na Voz do Operário para construir um mural de azulejos, em Lisboa, dedicado ao 50.º aniversário da revolução de Abril.

Com duas filhas a estudar n’A Voz do Operário, uma com cinco e outra com nove, Gonçalo Antunes decidiu trazê-las à pintura coletiva na instituição. Enquanto pinta um azulejo na sala associativa, explica que é um prazer estar ali. “Gosto de me envolver nas atividades escolares das minhas filhas e parece-me importante celebrar o 25 de abril, ainda mais os 50 anos. 

Ali ao lado, duas amigas fazem juntas um azulejo. Anabela Laranjeira, mãe de um aluno d’A Voz, convidou Luiza Tonon para participar na iniciativa. Ambas defendem que é importante celebrar a revolução e que trazer as crianças para esta atividade é fundamental.

Na outra ponta da sala, três crianças pintam cada uma o seu azulejo. Uma delas explica que é para fazer um mural. Outra diz que é para celebrar os 50 anos do 25 de Abril. “Daqui a 20 anos ainda vai lá estar”, assegura a primeira. “Daqui a 50”, remata a segunda. “Vamos ter 59 anos e vai ser um mural famoso”.

O PCP está a promover a realização de dois murais coletivos de azulejos, com a concepção em Lisboa, junto à Estação do Rossio, e no Porto, junto à Estação de Campanhã.

Através do mote “Cumprir”, personalidades de diversas áreas de intervenção bem como a população em geral estão a construir esta obra coletiva com o objetivo, segundo o PCP, de projetar os valores de Abril e a Constituição.

Os murais são ofertas do PCP às cidades de Lisboa e do Porto, articuladas com as respectivas Câmaras Municipais, e pretendem ser uma afirmação de liberdade, democracia e progresso, valorizando ainda esse elemento relevante do nosso património.

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