Política

Autárquicas

Elevada abstenção marca eleições

Quase 5 milhões de eleitores escolheram 35.238 autarcas para gerir o poder local em todo o país nos próximos quatro anos. 

As eleições autárquicas que se realizaram a 26 de setembro traduziram-se na eleição de milhares de candidatos a diferentes órgãos locais em todo o país. Para além da quebra na ida às urnas, a maioria dos partidos sofreram quedas nos resultados. Se em 2017, 54,97% dos eleitores participaram nas eleições, em 2021 esses números desceram para 53,65%. 

Em Portugal continental e nas regiões autónomas, entre os principais partidos que detêm câmaras municipais, o PS desceu de 37,82% para 34,23%, o PSD sozinho ou coligado também sofreu uma ligeira queda, assim como a CDU que caiu de 9,45% para 8,21%.

No distrito de Lisboa, o PS manteve-se como primeira força com 21,87% dos votos e a CDU aparece novamente como a segunda opção mais escolhida com 11,29%. O PS perdeu a cidade de Lisboa para a coligação liderada pelo PSD, com Carlos Moedas, caindo de 42% para 33,3%. Já a CDU subiu para 10,51% e volta a eleger dois vereadores, João Ferreira e Ana Jara. O BE, apesar da descida nos resultados, conseguiu eleger novamente um vereador, desta vez com Beatriz Gomes Dias.

Na região, o PS consegue ficar com 10 das 16 câmaras municipais, o PSD, coligado ou não, chega às quatro, a CDU manteve Sobral de Monte Agraço, depois da perda de Loures, e a lista de Isaltino Morais garantiu Oeiras.

Por sua vez, no distrito de Setúbal, apesar de a CDU ser a segunda força em votos, com 31,83%, e o PS a primeira com 36,10%, foi a coligação liderada pelos comunistas e verdes que conseguiu mais câmaras. São sete em 13 câmaras municipais, incluindo a capital, Setúbal. Nesta cidade, fez-se história. Pela primeira vez, um autarca ecologista passa a presidir um concelho em Portugal. Com 34,40%, André Martins, membro do Partido Ecologista “Os Verdes”, superou o PS que não ultrapassou os 27,67% dos votos. Apesar da perda da Moita, a CDU mantém a maioria das autarquias nesta região.

No resto do país, entre as principais mudanças, o destaque vai para Coimbra que passa do PS (32,65%) para a coligação liderada pelo PSD que alcançou os 43,92%. A CDU mantém nesta cidade um vereador.

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