Em luta pela igualdade e justiça social

No próximo dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher vai ser assinalado em todo o mundo. Em Portugal, o Movimento Democrático de Mulheres convocou uma manifestação nacional para o dia 9, em Lisboa, onde são esperadas milhares de pessoas que reivindicam igualdade e justiça social. O protesto começa às 14h30, nos Restauradores, e a organização convida todas as mulheres que “vivem, trabalham ou estudam nos vários distritos do país a participar”.

O Dia Internacional da Mulher foi comemorado pela primeira vez em 1911 tendo reunido milhares de mulheres na Alemanha, Suíça, Áustria, Dinamarca, Suécia e Estados Unidos da América. Um ano antes, Clara Zetkin, revolucionária alemã e defensora da causa das mulheres, propôs a celebração do dia numa conferência internacional realizada em Copenhaga. Ao propôr o dia, recordou a luta das sufragistas pelo direito ao voto e das operárias têxteis pela redução da jornada laboral e por condições dignas. A luta emancipadora das mulheres trabalhadoras e pelo direito ao voto era, então, o principal objetivo da celebração.

De acordo com a CGTP, as mulheres são as mais afetadas pela precariedade. Mais de 66%, nas jovens até aos 25 anos e pelo desemprego (7,4%). No salário mínimo nacional, a percentagem chega aos 27% e na discriminação salarial aos 16%. Em Portugal, 915 mil mulheres trabalham ao sábado em horários de trabalho longos e desregulamentados. São também vítimas de doenças profissionais, sobretudo, lesões músculo-esqueléticas, de assédio e são ainda penalizadas pela maternidade.

A igualdade entre mulheres e homens ainda está por efetivar, 108 anos depois da primeira comemoração do Dia Internacional da Mulher.

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