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Portugal é o terceiro país da zona euro que menos gasta em apoios à crise

Uma em cada quatro famílias perdeu grande parte do rendimento em 2020 e enfrenta dificuldades. Esta é uma conclusão do novo barómetro da DECO que revela que mais de metade dos portugueses perdeu rendimentos no ano anterior. Segundo a DECO Proteste, em ano de pandemia, as desigualdades acentuaram-se e mesmo nas famílias mais estáveis economicamente a previsão para 2021 é de cautela.

O barómetro “um país desigual e em dificuldade” contou com 4690 inquiridos e revela que 63% enfrentam dificuldades financeiras para pagar algumas daquelas despesas, 31% gozam de conforto financeiro, já que conseguem facilmente pagar todas as despesas, e 6% encontram-se em situação crítica.

Questionados sobre se “a covid-19 causou perda direta de rendimentos durante 2020”, 27% dos inquiridos responderam ter perdido um quarto ou mais dos rendimentos, enquanto um em cada quatro agregados admite uma quebra inferior a 25%. A pandemia só não provocou alterações na saúde financeira de 48% das famílias. As regiões mais afetadas são o Algarve (46%) e a Madeira (41%).

“As duras decisões políticas sobre a atividade económica, com maior peso em determinados sectores, arrastaram milhares de portugueses para um limite da sua capacidade financeira”, afirma a Deco, em comunicado. “A situação apenas é atenuada pelos apoios do Estado, como por exemplo as moratórias ou os regimes de lay-off, que colocam o país ligado à máquina”, completa a associação de defesa do consumidor.

Entre as cinco despesas mais difíceis de suportar em Portugal, de acordo com as questões colocadas pelo barómetro da Deco, estão custos associados com combustível, manutenção e seguro do automóvel (54%). Seguem-se os cuidados dentários (51%), viagens de férias (46%), manutenção da casa (44%) e gastos com óculos ou aparelhos auditivos (42%).

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