De acordo com Nuno Abreu, diretor geral da instituição, com a celebração dos 140 anos de existência d’ A Voz do Operário pretende-se “potenciar e levar até novos públicos a sua história, os seus valores e o trabalho de qualidade que aqui é desenvolvido. Em suma, projetar A Voz do Operário no futuro”.
O programa prolonga-se até ao fim de 2023 e, como não podia deixar de ser, começa este mês com a habitual sessão solene e o jantar de aniversário. No dia 25 de fevereiro, o salão d’A Voz do Operário, na Graça, vai celebrar a história da instituição e homenagear Vítor Agostinho, diretor geral durante várias décadas.
No âmbito destas iniciativas, Nuno Abreu destacou “o envolvimento e o entusiasmo dos trabalhadores d’A Voz do Operário na construção e preparação deste ambicioso programa de comemorações”.
Nesse sentido, destacou desta “variada” e “ambiciosa” agenda precisamente a sessão solene e o jantar, assim como a Festa de Rua que se vai realizar na Alameda D. Afonso Henriques.
Ao longo do ano, A Voz do Operário promove também, um roteiro com o objetivo de dar a conhecer a história da instituição, as suas origens, protagonistas, objetivos, principais momentos, locais, fazendo a ponte com os compromissos e a atividade no presente. Em maio, tem lugar uma exposição de rua sobre a história e o momento presente da instituição. No mesmo mês, a celebração vai ficar inscrita nas ruas com a pintura de um mural de arte urbana em espaço público, em parceria com a comunidade escolar e associativa. Em maio, vai acontecer a Festa de Rua, na Alameda D. Afonso Henriques, num dia que vai incluir atividades infantis e demonstrações das atividades associativas da instituição e um espetáculo musical com um artista relevante.
Com uma biblioteca rica em literatura sobre sindicatos e outros movimentos sociais, A Voz do Operário vai promover uma feira do livro dos movimentos sociais e juntar várias editoras e livrarias independentes, com destaque para uma seleção de livros relacionados com a história dos movimentos sociais.
Coletividade histórica, A Voz do Operário vai promover um debate sobre associativismo com integrantes do movimento associativo com o objetivo de discutir as novas realidades e os novos desafios do movimento associativo na atualidade e formas de cooperação para o presente.
Em outubro, mês do aniversário do jornal A Voz do Operário, a instituição vai receber uma conferência com a presença de vários meios alternativos, movimentos sociais e académicos para debater a necessidade de uma imprensa democrática e plural que dê voz a importantes camadas da população hoje silenciadas.
Para o diretor geral d’A Voz do Operário, levar mais longe o nome e a imagem da instituição é “uma questão de justiça pelo relevante contributo da instituição, durante estas 14 décadas de história, para a construção da democracia e de uma sociedade mais justa em Portugal”. Acrescentou ainda que tal é “fundamental” porque isso “ajuda a reforçar a capacidade de resposta da intuição, com o aumento do número de sócios, de voluntários, de alunos, de utentes e de parceiros das mais variadas áreas de intervenção, com destaque para a educação, a cultura e o desporto”.