Aprender e ensinar através do que vemos, vivemos e discutimos. Como surge a ideia de fazer uma visita de estudo? Existem muitíssimas possibilidades: propostas de alunos, propostas das famílias, propostas dos professores, através de uma necessidade de descobrir algo, entre outras.

Desta vez, falávamos sobre vários estilos musicais. A partir de uma rotina que tivemos, de iniciar o dia com um estilo musical e falar um pouco sobre estes estilos, surgiu uma questão sobre as músicas que são tocadas por orquestras. São tão diferentes umas das outras!

Fomos pesquisar e descobrimos uma orquestra que tinha precisamente um concerto para escolas, comentado e que falava da natureza. Nada podia ser mais perfeito! A marcação estava feita, agora havia todo o trabalho de preparação para fazer: Quanto custava a visita? Onde era? Como nos iríamos deslocar? O que poderíamos aproveitar para as nossas dúvidas e estudos? O que comemos? O que levamos de primeiros socorros?

Fizemos o levantamento das ideias que tínhamos sobre a orquestra, assim como de todas as perguntas que tínhamos sem resposta e dividimo-nos em grupos para tentar organizar a pesquisa de modo a que quando fossemos à visita fosse mais fácil trazer todos as perguntas respondidas.
Dividimos o nosso dia em 3 partes: a deslocação; a vista ao jardim da Gulbenkian; o Concerto.

Com a ajuda das nossas estagiárias (para professoras), que trabalham connosco construímos um Guião para acompanhar estas três fases.

A primeira fase foi a deslocação, em que o meio de transporte utilizado foi o autocarro da Carris 726. Usámos os nossos passes novos o que foi muito bom, demos uma volta grande por parte da nossa cidade e marcámos num mapa o nosso percurso, vimos os serviços, monumentos e sinais de trânsito.

A segunda fase foi a visita pelo Jardim e piquenique. No jardim observámos vários tipos de plantas, identificámos algumas, vimos alguns patos em parada nupcial num lago, identificámos as características dos machos e das fêmeas. Vimos cantos e recantos do jardim. Nesta parte do jardim, tínhamos uma proposta no Guião feita pelas estagiárias e professora para que descobríssemos o local onde iríamos almoçar, e para que nesse local fizéssemos algumas descobertas matemáticas. “A matemática está em todo lado”, diz a nossa professora. “A natureza e os números falam connosco!” Levamos uma roda de medir como aquelas que os polícias usam para medir as estradas quando há acidentes e usamo-la para medir distâncias. Descobrimos que quando medimos os lados todos de um palco ficamos a saber o seu perímetro.

Entre a fase 2 e 3 brincámos muito, fizemos um jogo de futebol humano no meio do jardim, chamado futebol humano Mudo, em que a regra extra era não poder usar palavras faladas só gestos! Foi divertido!

Na fase 3 entramos na sala principal da Gulbenkian e ficamos espantados porque para além da orquestra ser enorme, o fundo do palco era em vidro e via-se o jardim onde tínhamos estado a brincar. A sala estava cheia de alunos, a maioria muito maiores que nós. Uma senhora veio apresentar o que íamos ouvir e também apresentar o maestro e o mais engraçado é que ela também tocava na orquestra. Cada peça era sobre uma coisa da natureza e umas peças eram mais suaves como o vento fraco e outras eram mais agitadas e fortes como as tempestades. Uns gostaram mais de umas e outros mais de outras. Vimos com atenção os instrumentos todos e modo como estavam organizados. Foi um dia em cheio, com muitas aventuras e tantas

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