Mobilidade

Velocidade

Lisboa só abranda após estudo técnico

Com o voto contra do executivo minoritário PSD/CDS na Câmara Municipal de Lisboa, a proposta do Livre para reduzir em 10 quilómetros a velocidade máxima de circulação automóvel em Lisboa foi aprovada pelos vereadores do PS, BE, Livre e a abstenção do PCP, dependendo agora de um projeto para a sua implementação

Na prática, a ideia é que, à semelhança do que está a acontecer na grande maioria das capitais europeias, os limites de velocidade possam contribuir para diminuir a sinistralidade e consumo de combustível. No caso específico da capital, nas vias classificadas com os 3.º, 4.º e 5.º níveis de hierarquização da rede viária, o limite passará a ser de 30 quilómetros por hora. Nas vias de 2.º nível, como são o caso de vias de maior dimensão, o limite vai passar a ser de 40 quilómetros por hora, face ao atual limite de 50 quilómetros por hora. Já nas chamadas vias de 1.º nível, como a 2ª Circular, o limite desce dos 80 para os 70 quilómetros por hora.

Confrontado com a eventualidade de vir a encerrar o trânsito na Avenida da Liberdade aos domingos e feriados que a iniciativa também pressupõe, Carlos Moedas já veio acusar a oposição de estar a “prejudicar a vida dos lisboetas”. De qualquer forma, o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa viu a sua bancada votar favoravelmente a proposta do PCP que prevê um estudo técnico para a redução dos limites de velocidade para acautelar eventuais prejuízos das populações que vivem e trabalham na capital. Assim, depois de semanas de um intenso debate, há consenso. O plano para reduzir a velocidade em Lisboa depende agora de uma avaliação de impacto das medidas, da auscultação das populações e “da elaboração de soluções concretas de implementação que as tenham em conta”, prevendo uma calendarização e admitindo diferentes fases de implementação. Até lá, nada muda.

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