Trabalho

Trabalhadores

Bancários da Caixa fizeram greve

A greve decorreu nos dias 30 e 31 de dezembro, contra a “total sobranceria, intransigência e desrespeito para com os trabalhadores” da administração do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) “esteve, desde o início deste processo, com total responsabilidade e disponibilidade para negociar, mas não pode aceitar a desconsideração reiterada” da administração sobre os trabalhadores da CGD, defendeu a estrutura num comunicado enviado ao AbrilAbril. Em causa está a proposta de aumento salarial de cerca de 0,4%, uma proposta que os trabalhadores consideraram “insultuosa e vergonhosa”.

A CGD, entre 2020 e os primeiros nove meses de 2021, “alcançou um resultado próximo dos mil milhões de euros, os maiores lucros de toda a banca em Portugal, um valor astronómico, demonstrativo da forte solidez financeira da empresa, que possibilitou a entrega ao Estado de um dividendo extra de 300 milhões de euros”.

“Muitos e muitos” destes milhões só foram alcançados com o “trabalho, empenho e dedicação de todos os trabalhadores”, demasiados para que a administração da CGD, recompense este trabalho com uma “miserável” proposta de 0.4% de aumento salarial.

Com uma “inflação prevista para 2021 superior a 1%”, e a “contínua deterioração e degradação das condições de trabalho”, nomeadamente a pressão para que os trabalhadores não “cumpram com o horário de trabalho legalmente estabelecido”, a resposta dos trabalhadores só pode ser a reivindicação e a luta, defende o sindicato.

Contra a “aceitação da injustiça, da discriminação e do desrespeito sobre os trabalhadores”, o STEC, a organização sindical mais representativa dos trabalhadores do Grupo CGD, convocou a greve realizada nos dias 30 e 31 de dezembro, com uma concentração para o no dia 30 de dezembro junto à sede da CGD na Av. João XXI, em Lisboa.

Os trabalhadores lutam, entre outros aspetos, por um aumento justo dos salários e das pensões, contra os milhares de horas extraordinárias não pagas, a destruição de postos de trabalho e o encerramento de agências bancárias. No âmbito desta ação, os trabalhadores reclamaram também melhores condições de trabalho e de atendimento ao público, sublinhando a sua apreensão face ao enfraquecimento da CGD, que ano após ano vem perdendo quota de mercado.

Artigos Relacionados