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Orçamento e Atividades para 2021 aprovados

Na última Assembleia Geral Ordinária d’A Voz do Operário do ano, realizada no dia 12 de dezembro, foi aprovado, por unanimidade, o Plano de Atividades e Orçamento para 2021. O documento salienta o elevado grau de imprevisibilidade em tempos de grande incerteza devido à pandemia, destacando que não é fácil estimar os impactos na atividade da instituição, mas que se espera que 2021 represente o regresso progressivo à normalidade.

Nesse sentido, o documento aprovado valoriza a capacidade e a resposta dos trabalhadores d’A Voz para enfrentar esta realidade, inédita neste século, passando por situações nunca experimentadas. Refere o texto que “a natural redução da atividade nalguns casos, foi compensada pelo acréscimo de outras, designadamente na área social, estimando-se que o volume de receitas atinja em 2020 o montante de 5,2 milhões de euros”. O balanço é, por isso, positivo na consolidação de um “caminho de sustentabilidade económica e financeira”.

O Plano de Atividades e Orçamento para 2021 anuncia nos seus propósitos que pretende manter “a linha de rigor que vem sendo seguida, apostando no bom nível de atividade, mantendo uma elevada qualidade do serviço educativo e do apoio social, valorizando e rentabilizando o património, prosseguindo a publicação regular do jornal, mantendo atualizados os nossos sites, promovendo iniciativas culturais diversificadas e participando ativamente no movimento associativo”.

As celebrações do 138.º aniversário da instituição são também referidas no documento com a homenagem anual a “uma personalidade ou entidade de mérito reconhecido”. Para além da habitual participação nas comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio, o documento refere também o regresso da Marcha Infantil e dos arraiais populares. Os 60 anos da Fuga de Peniche e os 120 anos de Bento Jesus Caraça são outras datas a assinalar no calendário de atividades da instituição para o próximo ano.

Depois do êxito das quatro edições anteriores, anuncia-se também a realização da 5.ª Gala de Fado d’A Voz do Operário. Também no plano da atividade cultural, antecipa-se a vontade de voltar a realizar uma segunda edição do festival O Jazz tem Voz.

Outro dos objetivos é levar a cabo uma programação regular de cinema num panorama em que continuam a fechar salas de cinema na cidade e pretende-se colmatar uma real necessidade cultural da cidade, mais concretamente dos bairros populares, geograficamente distantes dos grandes centros comerciais que concentram as salas de cinema.

No âmbito da história d’A Voz vai procurar dinamizar-se um roteiro que partindo da configuração da sede e dos propósitos que balizaram a sua construção quer levar a cabo visitas guiadas que permitam discutir a história d’A Voz do Operário, da cidade de Lisboa, em diálogo com a história do movimento operário.

Já no conjunto da oferta educativa, o documento salienta a “consolidação do modo de trabalho pedagógico na instituição”. Refere o atípico ano letivo de 2019-2020 devido à pandemia e aponta-se como solução “fortalecer o projeto pedagógico para salvaguardar a aprendizagem dialogada que o carateriza”. 

Como no ano anterior, destacam-se quatro pontos: “a perspetiva sociocultural do trabalho pedagógico, os processos e instrumentos a serem seguidos e desenvolvidos pelos docentes, a interação entre cada comunidade escolar e a comunidade educativa de que essas comunidades escolares fazem parte e o desenvolvimento profissional de todo o pessoal docente e não docente com tarefas pedagógicas”

Já no que diz respeito ao trabalho do departamento de Ação Social d’A Voz, num contexto pandémico marcado pela situações “de pobreza, maior isolamento e consequente agravamento dos problemas de saúde mental”, destaca-se a resposta às necessidades dos sócios e da comunidade.

O Centro de Convívio, o programa Lisboa +55, o Cabeleireiro Social são alguns dos meios que A Voz do Operário tem à disposição dos associados. O destaque neste contexto complexo vai para o Serviço de Apoio Domiciliário que faz o atendimento de utentes e famílias, avaliação das situações e respetiva integração na resposta social com prestação de cuidados a nível da alimentação, higiene pessoal, higiene habitacional e tratamento de roupas, no domicílio habitual de vida dos utentes, auxiliando-os na satisfação das suas necessidades básicas e contribuindo para a melhoria da sua qualidade de vida.

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