É já no dia 12 de fevereiro que se realiza o jantar de comemoração do 139.º aniversário d’A Voz do Operário. Antes da refeição, a iniciativa começa com uma sessão solene, a partir das 20 horas, seguida da homenagem a Marília Villaverde Cabral, que se tornará sócia honorária da instituição.
A Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário foi fundada a 13 de fevereiro de 1883 quando os operários tabaqueiros que fundaram o jornal A Voz do Operário decidiram criar uma sociedade cooperativa com o mesmo nome. A exigência financeira que implicava a manutenção desta publicação levou a que estes trabalhadores procurassem formas de sobrevivência para o projeto. É assim que nasce a instituição em cujos estatutos fundadores se escreveu ser objeto da sociedade “sustentar a publicação do periódico”, “estudar o modo de resolver o grandioso problema do trabalho, procurando por todos os meios legais melhorar as condições deste, debaixo dos pontos de vista económico, moral e higiénico”, “estabelecer escolas, gabinete de leitura, caixa económica e tudo quanto, em harmonia com a índole das sociedades desta natureza, e com as circunstâncias do cofre, possa concorrer para a instrução e bem-estar da classe trabalhadora em geral e dos sócios em particular”. Para tal, os 316 sócios da altura comprometiam-se a pagar uma quota semanal de vinte réis, quantia que retiravam dos seus humildes salários.
Hoje, é um projeto de raízes sólidas, reconhecido publicamente, que se mantém fiel aos seus valores iniciais e que assenta a sua atividade no ensino através de um modelo pedagógico alternativo em sete diferentes espaços educativos localizados na Graça, Ajuda, Restelo, Baixa da Banheira, Lavradio e Laranjeiro. A instituição desenvolve diferentes serviços de apoio social através do seu refeitório, do serviço de apoio domiciliário e do seu centro de convívio. Simultaneamente, a profusão de atividades desportivas e culturais faz parte da vida d’A Voz do Operário desde o seu nascimento.
