Voz

Marcha Infantil

Os Padrinhos Inês Curado e Hélder Agapito têm o “coração” na Voz

O que significa serem os padrinhos da marcha d’A Voz do Operário?

Inês Curado – Nem sequer sou lisboeta, sou do Porto, mas foi aqui em Lisboa que encontrei pela primeira vez a felicidade de me sentir em casa, no meu bairro. Depois, a primeira escola da minha filha foi a Voz do Operário. E foi o melhor sítio para eu guardar o meu coraçãozinho, e ela foi muito feliz aqui. Foi uma relação para a vida inteira.

Hélder Agapito – Sou lisboeta e sempre fui muito ligado aos festejos dos Santos Populares. Já fui padrinho da marcha de S. Vicente. Como a Inês disse, temos uma filha em comum e a sua primeira escola foi esta e foi aqui que deixamos o nosso bebé. Depois, temos já uma relação com a Voz do Operário – já apresentamos a Gala de Fado – e quando surgiu o convite para sermos padrinhos da marcha, não conseguimos dizer que não. Fizemos só um pedido que gostávamos muito que acontecesse e vai acontecer: A nossa filha vai descer, connosco, a Avenida e vai ser memorável para ela, ainda por cima numa marcha que tem os pais como padrinhos.

O que é que a Voz do Operário vos oferece que vos faz sentir em casa?

Inês Curado – Sentimos a Voz do Operário como nossa casa e esta gente como família. Conseguirmos encontrar em 2023, em plena Lisboa, um lugar no qual nos sentimos como em casa, para os nossos filhos e para nós também, porque sentimo-nos queridos enquanto pais, sentimos que fomos parte integrante do sistema educativo d’A Voz do Operário e isso é maravilhoso!

Hélder Agapito – Há um sentimento de segurança porque não é o mesmo que deixares o teu filho numa escola qualquer. Aqui há uma espécie de bolha. A nossa filha tem quase seis anos e sempre que passa aqui lembra-se sempre que esta foi a sua primeira escola.

Inês Curado – Para além disso a Voz mantém a tradição viva, faz a ligação perfeita do que fomos ontem, do que somos hoje e seremos amanhã. 

E qual a importância das coletividades e do movimento associativo?

Hélder Agapito – Torna as coisas um pouco nossas. As coletividades nos bairros típicos são um espaço onde nos sentimos como em família, um local onde nos podemos reunir com uma finalidade, e isso é cada vez mais importante nos dias que correm. Estamos sempre a ser confrontados com esta coisa da globalização e, de repente, temos tanta informação e esquecemo-nos de onde viemos. Acho que a Voz faz isso, não nos deixa perder a noção de onde estão as nossas raízes.

Inês Curado – E dão o papel principal ao povo. Não interessa o que fazemos, todos nós temos a mesma importância dentro da coletividade, não esquecendo os mais velhos, as crianças. Todos contribuímos com as nossas valências, as nossas competências, para a coletividade.

Artigos Relacionados