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Milhares no Piquenicão do MURPI

piquenicão do Murpi

Foram mais de quatro mil as pessoas que participaram no 24.º Piquenicão do MURPI – Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos que se realizou em Cuba, no Alentejo, no dia 9 de junho. Dos quatro cantos do país, chegaram mais de 60 grupos de cantares das associações e organizações de reformados do Porto, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Covilhã, Setúbal, Alentejo e Faro. Também d’A Voz do Operário. Ao longo do dia, atuaram, em três palcos distribuídos pelo Parque Manuel de Castro, onde não faltaram as sombras Depois do almoço, Casimiro Menezes, presidente da direção do MURPI, dirigiu-se aos participantes, onde se encontravam também representantes do PCP, dos Verdes, da CGTP, da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto e do Movimento Democrático de Mulheres. “O que é que motiva, todos os anos, a crescente participação dos grupo culturais das associações e organizações de reformados nesta festa?”, questionou Casimiro Menezes. “Seguramente a confiança que depositam no MURPI, movimento ímpar e pioneiro na área dos reformados”. Tendo em conta que a cultura é um direito à “expressão cultural”, à “solidariedade intergeracional” e à “preservação e valorização do nosso património cultural”, o dirigente reivindicou, entre outras medidas, “o financiamento por parte do Estado às atividades culturais desenvolvidas pelas associações e organizações de reformados”. Destacou, ainda, as lutas travadas pelos reformados e pensionistas pela melhoria da situação social e económica, a valorização das pensões, a defesa de serviços públicos de qualidade, o combate ao isolamento e na promoção da mobilidade e o direito à saúde, com a defesa do Serviço Nacional de Saúde. O momento político contou ainda com as palavras de João Português, presidente da Câmara Municipal de Cuba, não quis deixar de saudar os que “lutaram uma vida inteira”, “sujeitos à exploração, nos campos e nas fábricas”, para lhes recordar que até há bem pouco tempo, no anterior governo do PSD/CDS, tiveram lugar “cortes nos salários e nas pensões”, assim como “aumento de impostos” “Hoje vivemos tempos um pouco diferentes”, prosseguiu João Português, destacando que o atual governo minoritário do PS “está condicionado por diversas forças políticas que o impedem de exercer a política que fazia quando era maioritário” e sublinhou a recuperação de direitos, o aumento das reformas e a atualização do aumento extraordinário das pensões.

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