A Comissão de Utentes da Saúde do Concelho do Seixal (CUSCS) emitiu um comunicado em que denuncia os ataques ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) no ano em que este comemora o 40.º aniversário e em que se discute na Assembleia da República uma nova Lei de Bases da Saúde, noticia o AbrilAbril. “É para nós evidente que, a forma como diariamente se avolumam conflitos e declarações inflamadas e incriminatórias, tem uma finalidade pensada e objetiva de fragilização do SNS”, afirma o documento.
Os utentes destacam a “chantagem dos principais grupos privados da Saúde sobre a ADSE”, indiciando formas de pressão concertadas com o fim de criar um clima favorável à adoção de medidas que “fragilizem o SNS e esbulhem ainda mais os seus recursos, em favor dos interesses e lucros desses grupos empresariais”.
A CUSCS condena o que chama de “ações de intoxicação da opinião pública” com o propósito de “passar a imagem de um SNS ingovernável e sem soluções”, ao mesmo tempo que identifica a origem do problema.
Revela que as causas “residem nas opções políticas levadas a cabo ao longo dos anos, com maior evidência para os cortes e desinvestimentos feitos no período negro da troika”. Quanto aos responsáveis, a estrutura aponta o dedo «àqueles que ao longo dos anos estiveram a frente dos destinos do sector e que teimosamente insistiram em prosseguir uma política orientada para o desinvestimento no serviço público, em favor do crescimento dos grupos privados».
A CUSCS reivindica ainda a admissão dos profissionais em falta, como médicos e enfermeiros, e a abertura de extensões dos centros de saúde em Aldeia de Paio Pires e Foros da Amora, a par da realização de obras e beneficiações nas instalações existentes.