É muito mais do que uma simples festa de convívio, é uma festa de trabalho coletivo e de demonstração do que somos enquanto equipa e comunidade.
O dia da festa é o momento em que colocamos em ação toda a organização que criamos e preparamos, ao longo de semanas. Nunca seria possível fazer esta festa, desta forma, sem a participação de todos.
Esta planificação começa muitas semanas antes porque há muita coisa para pensar, organizar, executar e avaliar.
Nesta festa os alunos têm um papel de grande importância desde a sua génese. Há que dividir tarefas pelas várias turmas, discutir as vontades e necessidades e pôr mãos à obra.
Todos cozinham nas suas salas, todos participam na decoração, todos fazem parte dos turnos rotativos de trabalho nas bancas de venda.
Achamos que só vivendo uma festa do Outono podemos realmente perceber a sua dimensão e envolvimento.
Há poucas coisas tão bonitas como estar por dentro desta organização e viver o “caos” de tachos, tabuleiros e panelas que rodopiam pelos corredores em direção à cantina.
As portas das salas abertas, os auxiliares, professores, psicólogos e alunos com tarefas bem definidas, numa azáfama de preparativos, tal formigas na sua labuta que nunca chocam ou perdem o foco do que têm como missão: assim se movem 195 crianças de modo frenético e organizado.
E no grande dia, lá estamos todos nos postos de vendas, na caixa, nos jogos, amparados e ajudados pelos adultos. De 30 em 30 minutos uma voz vem ao microfone dar a indicação de mudança de turno e as caras mudam de um lado para o outro das bancas. De vendedores a clientes em segundos e vice-versa!
Pelo meio, cantamos e encantamos as famílias e a festa continua até se acabar a comida nas bancas e os “operários” estarem todos gastos. Sim, nesta festa temos uma moeda própria, que trocamos nas caixas por euros, pois o “operários” é a única moeda que podemos usar na Festa do Outono.
Os adultos que fazem o trabalho de bastidores, para que nada falte, estiveram semanas em preparativos, para permitir a participação efetiva dos alunos. Há que reunir, contar, combinar, encomendar, devolver informação aos alunos e voltar a reunir, contar, combinar, acrescentar, modificar e devolver de novo aos alunos. No dia são o farol dos mais pequenos e ali estão de luz sempre pronta, até depois do sol se pôr, com um sorriso e uma alegria que só é possível porque somos uma equipa que se apoia, ajuda e trabalha pelo coletivo.
E no fim da festa? Fica, para além da experiência de um momento incrível de convívio, amizade e cumplicidade, um mar imenso de aprendizagens significativas.
Nas salas de aula há tanto que se pode aproveitar antes e depois para trabalhar conteúdos dos programas das disciplinas.
Do mesmo modo que planificamos juntos, também faremos o balanço, para tomar notas do que podemos ainda melhorar para a próxima Festa do Outono.
