Os sócios presentes deram luz verde a uma proposta enquadrada na atual situação económica, de enorme dificuldade para a maioria dos portugueses e também para a instituição, devido ao aumento generalizado dos preços. Segundo esta proposta, A Voz não deixará de “apostar no reforço da atividade e no esforço para o equilíbrio económico e financeiro da instituição”, sem pôr em causa a sustentabilidade do projeto, antecipando receitas em torno dos 6 milhões de euros e um resultado negativo de 240 mil euros.
O Plano de Atividades e Orçamento para 2022 anuncia nos seus objetivos que pretende dar destaque ao 140.º aniversário da instituição, no próximo ano, com um leque diversificado de iniciativas, entre as quais, a sessão solene e o já tradicional jantar onde se vai homenagear uma figura de grande relevo na vida d’A Voz do Operário.
A valorização e rentabilização do património, a publicação regular do jornal, a promoção de iniciativas culturais diversificadas e a participação ativa no movimento associativo mantêm-se como prioridades para os sócios d’A Voz do Operário.
No plano cultural, com o êxito alcançado pela Gala de Fado d’A Voz do Operário, um dos grandes eventos deste género musical em Lisboa, a sua 7.ª edição será certamente um momento alto da atividade em 2023.
A participação nas comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio são também um compromisso assumido neste documento, assim como o desfile da Marcha Infantil e os arraiais populares organizados pela instituição.
Educação
No âmbito educativo, o desenvolvimento do trabalho pedagógico, de acordo com o projeto d’A Voz do Operário, manter-se-á a ligação com a comunidade educativa alargada, no sentido de envolver sempre que possível os sócios com educandos nas atividades da instituição. Entre a extensa proposta aprovada, está o acompanhamento, por parte do Conselho de Escolas, da introdução do princípio da heterogeneidade em creche e 1.º ciclo, em todos os equipamentos. Na Graça, continua a ser desenvolvida uma abordagem de projetos co-organizados entre crianças e adultos e essa mesma atenção será dada aos desejos manifestados de maior dinâmica de trabalho entre grupos de crianças e adultos de escolas dos diferentes espaços educativos. Entretanto, o Conselho de Escolas será acompanhado e dinamizado com vista a otimizar instrumentos de monitorização para o projeto educativo e da sua atualização.
Em relação à manutenção dos equipamentos, vão prosseguir os contactos institucionais para o apetrechamento dos espaços educativos e vão ser estudadas formas de renovar os equipamentos tecnológicos utilizados por crianças e adultos para o desenvolvimento do trabalho escolar. No Conselho de Escolas, serão discutidos projetos de renovação ou ampliação de equipamentos.
Ação Social
A pandemia de covid-19 provocou impactos incontornáveis no contexto social em que A Voz do Operário intervém. Segundo o documento, o presente está marcado por reencontros e pela adaptação. A intervenção social d’A Voz do Operário exige uma resposta ajustada às necessidades e até interesses que, entretanto, se transformaram. Entre as respostas sociais, encontra-se o Serviço de Apoio Domiciliário, o Centro de Convívio, o programa Lisboa +55, o Cabeleireiro Social e o Serviço de Psicologia para a Comunidade.
Comunicação e cultura
No que diz respeito a outras atividades culturais, A Voz voltará a apostar numa programação regular de cinema, nas noites de quiz e no regresso do Festival de Jazz. No plano da comunicação, para além da edição mensal do jornal A Voz do Operário, há o objetivo de levar mais longe esta publicação. A newsletter vai continuar a ser o meio privilegiado de comunicação da atividade regular da instituição junto dos seus sócios, contemplando aquilo que são as dinâmicas de outros meios, garantindo uma linguagem coerente com a restante comunicação d’A Voz do Operário. Prevê-se, para além da utilização do facebook, a intenção de levar a instituição a outras redes sociais. O plano inclui ainda melhorias do site, tornando-o mais interativo e eficiente.