Os trabalhadores das empresas de distribuição estiveram em greve na véspera do Natal pela negociação do seu contrato colectivo de trabalho (CCT), com ações por todo o país, numa iniciativa de luta convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que está neste momento em negociações com o patronato.
De acordo com a estrutura sindical, as empresas de distribuição, responsáveis por 12,4% do PIB nacional, empregam mais de 140 mil trabalhadores com salários mínimos, horários desregulados e ritmos de trabalho extremamente intensos.
“Nos últimos anos, têm apresentado ao sindicato representativo dos seus trabalhadores, o CESP, propostas de actualização do CCT inaceitáveis — não aceitamos acordos que contenham salários mínimos, bancos de horas, nem a generalização da precariedade por via dos contratos a prazo no sector”, pode ler-se no comunicado do sindicato enviado à comunicação social.
Para concretizar a ação de luta estavam agendados três piquetes de greve: um no Centro Comercial Alegro, em Setúbal; outro no Continente da Quinta do Mocho, em Portimão; e ainda no Lidl de Vagos, em Aveiro.