Este ano, talvez não mais que em outros anos, temos dedicado tempo, empenho e vontade e trazer para juntos dos nossos alunos, pessoas que viveram, pensaram ou ajudaram na reconquista da Liberdade.
A Liberdade é uma palavra que, desde os mais pequenos em creche, aos mais velhos do 2º ciclo, entra no discurso, é valorizada e vivida no dia-a-dia e todos eles, à sua maneira, sabem o como é bom temo-la e o quanto devemos a quem lutou até 1974 por ela e, depois disso, todos os dias por mantê-la.
Este ano temos tido muitas iniciativas, nas várias escolas. Conversas e entrevistas com pessoas que fizeram parte deste dia maravilhoso em 1974. Avós, pais e amigos que nos contam como viveram aquele dia, na sua casa, no seu local de trabalho, nas ruas.
Em cada sala fazem-se escritas e desenhos de diversas formas que mostram como cada um deles sente a sua liberdade. Que contam como se pode viver e manter a liberdade.
Distribuem-se cravos, a flor que a todos traz o sentimento de contributo para um Mundo mais justo, pela comunidade, pelos amigos e famílias. Cada cravo entregue, seja na margem sul, na zona mais ocidental ou oriental de Lisboa, significa que valorizamos o andar na escola, valorizamos o poder falar e estar com quem queremos, valorizamos a diferença como algo libertador.
Convidamos as famílias a estarem na escola, para verem e ouvirem o que os nossos pequenos cidadãos têm para dizer e para mostrar sobre o modo como veem a sua Liberdade, enquanto alunos, filhos, irmãos, primos, netos e amigos.
Fizemos um trabalho incrível, que intitulámos de exposição itinerante dos 50 anos do 25 de Abril, em que cada espaço educativo fez dois grandes cartazes e que todos juntos mostram bem por onde estamos e o que defendemos. Esta exposição vai rodar por todos os espaços educativos, permanecendo cerca de duas semanas em cada um dos espaços, para que todos a possam ver.
Uma curiosidade sobre esta exposição é que em cada passagem de escola, vai sempre um grupo de alunos (uma turma) levar a exposição e passar o dia no outro espaço educativo, assim como a passagem de testemunho que leva a liberdade de mão em mão, como algo muito precioso.
Cantar e encantar é uma das formas que temos de mostrar o que nos vai na alma, cantar para dentro e para fora, levar as canções que usamos para aprender música, história, português e até matemática para espaços onde, para além da nossa comunidade educativa, outros também as possam ouvir. Este ano cantamos na Praça Paiva Couceiro e no palco do desfile do 25 de Abril, no Rossio. Dentro das nossas escolas cantamos todos os dias, uns para outros, para nós próprios e para quem nos quiser ouvir. A Música é sem dúvida, para nós, algo que nos ajuda a passar a palavra que é precisa: LIBERDADE.