Nestes últimos onze anos, a participação das famílias na escola foi vivida das mais diversas formas, com maior ou menor intensidade.
Cada um de nós tem um papel fundamental nesta relação com as famílias das crianças, e isso acontece num primeiro impacto, durante o período de adaptação de uma criança ao ambiente escolar. Nesta primeira apresentação, o papel dos adultos que recebem as famílias pode e deve ser de acolher, não só as crianças, mas também os pais, muitas vezes ansiosos e preocupados.
Os pais poderem estar em sala, a apoiar nesta transição e a serem também eles recebidos de braços abertos, facilita, e muito, o processo de adaptação de todos os envolvidos. E é aqui que começa a envolvência das famílias na nossa escola.
Existiram muitos momentos ao longo dos anos em que as famílias participaram na vida da escola. Podemos referir as festas de final de ano a que chamamos “Arraial”, que é um momento aberto à comunidade, bem como, intervenções no espaço físico da escola onde cada um dá o seu cunho de criatividade na decoração das paredes que todos os dias nos recebem.
Recebemos famílias que dinamizaram a festa de natal, famílias que fizeram equipas de costura para a realização de alguns fatos de carnaval para os mais pequenos.
Ao longo do ano também recebemos famílias que vêm às salas fazer receitas de culinária, ler histórias, participar na vida da escola experienciando a rotina diária. É aqui que sentimos que a participação das famílias se reflete na vida escolar, onde se sentem à vontade para propor, onde sentem que têm uma Voz. E isso, diz muito.
Há famílias que se sentem confiantes em entrar na sala do seu filho, em interagir com os demais e a propor uma atividade, e há quem não se sinta confortável para o fazer. E está tudo bem.
Há grupos de pais mensalmente, onde são discutidos temas sugeridos pelas famílias, que vão ao encontro das suas necessidades. Mais uma vez, participa quem pode e quem quer.
Todos os anos a participação das famílias na vida da escola é diferente.
Na sua essência, a maior envolvência da participação das famílias passa pela vida diária, pelas conversas nos momentos de acolhimento e no regresso à família, na relação que se cria entre a escola e a família.
É com base nos princípios do livre arbítrio e da democracia, pilares d´A Voz do Operário, que assentam os valores de quem por aqui passa.
