Mais de 50 mil mortos é o balanço da catástrofe que se abateu sobre a Turquia e a Síria, a 6 de fevereiro. Se na Turquia apuram-se as razões que estão na origem de tamanha devastação e tudo aponta para que o efeito do sismo tivesse sido potenciado pela deficiente construção dos edifícios, na Síria, Israel viola direito humanitário internacional, acusa porta-voz do secretário-geral da ONU.
Na Turquia foram mais de 214 mil prédios destruídos pelo sismo de 6 de fevereiro e, enquanto o Banco Mundial estima que os danos materiais ascendam aos 31 mil milhões de euros, o ex-secretário de Estado das Finanças turco, o economista Mahfi Egilmez, citado pela Globo, aponta para valores de reconstrução do país na ordem dos 46 mil milhões de euros.
Na Síria 8,8 milhões de sírios foram afetados pelo terremoto de 6 de fevereiro, que terá vitimado, num balanço provisório, mais 6 mil pessoas. Mas o problema agora é o desumano bombardeamento israelita do território e da população fragilizada. O balanço ainda não fechou e já aconteceram dois bombardeamentos israelitas em território sírio, o último dos quais no aeroporto de Alepo, o ponto privilegiado de chegada do apoio humanitário enviado pela comunidade internacional à população vitimada. Refira-se que a população síria durante algum tempo não contou com qualquer ajuda por parte da comunidade internacional.
“Dirigir ataques contra civis e infraestruturas civis é estritamente proibido pelo direito humanitário internacional”, disse Farhan Hak, porta-voz da Nações Unidas citado pela agência EFE. Hak revelou a preocupação do secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres. Só este ano as forças israelitas já atacaram por quatro vezes o território sírio. Segundo a agência noticiosa Síria, SANA, Israel atacou com mísseis o aeroporto internacional de Alepo, entretanto desativada apenas para receber ajuda humanitária á população vítima do sismo.
