A poucos dias de comemorarmos mais um aniversário do 25 de Abril, as bandeiras que saltam para a rua nesta agitação social são exatamente as mesmas empunhadas há 49 anos e que significaram para todos, desígnios da Revolução. Agora, ao repetirem-se algumas destas palavras de ordem, ao virem à memória alguns dos valores que Abril afirmou gravando-os na Constituição, confirmamos, para quem tinha dúvida, que defender Abril é defender a Constituição e quão importante é constatar que essas mesmas bandeiras são hoje empunhadas por uma nova geração nascida muito depois da revolução. O 25 de Abril, diz o historiador Manuel Loff e o sociólogo Henrique Chaves, que ainda não iluminou alguns recantos da nossa realidade social, política, económica e cultural. “Há uma recusa teimosa e anti-histórica em reconhecer os crimes do colonialismo”, diz Loff.
Em entrevista À Voz do Operário a Capicua fala do encontro com o hip-hop, das suas semelhanças com o fado e de um rap herdeiro da música de intervenção e garante ter vontade de voltar atuar no palco da Voz do Operário.
Numa viagem pelo espaço educativo d’A Voz do Operário no Laranjeiro ficamos, olhos nos olhos, com uma escola intercultural, inclusiva e democrática e aberta à comunidade que serve.
A Saúde foi tema de um Fórum que juntou três autarquias, Setúbal, Palmela e Sesimbra, e a preocupação é a política de desinvestimento no SNS, e o encerramento das urgências pediátricas, com o pretexto de os reorganizar. E o Fórum agendou já uma manifestação para 15 de abril na qual vão exigir a resolução dos problemas que afetam as populações.
O investigador Luís Carvalho mostra-nos como A Voz do Operário, mesmo durante a repressão fascista, elegia os seus dirigentes, alguns deles apesar de perseguidos e presos pela Pide. Alberto Monteiro, Júlio Ferreira de Matos, Amílcar Costa e Raúl Esteves dos Santos foram alguns deles.
A professora de Cinema Mónica Baptista leva-nos ao cinema iraniano através do “Corredor” um filme de 1984 de Amir Naderi e, através dele, as desigualdades sociais e os seus efeitos na população mais nova, sobretudo os que não tiveram tempo para ser criança.