Sociedade

Direitos

Mulheres exigem igualdade na vida

O 8 de Março, dia Internacional da mulher, foi este ano assinalado com duas grandes manifestações nacionais convocadas pelo Movimento Democrático de Mulheres.

“Os direitos das Mulheres não podem esperar!”

“Exigir igualdade na vida – os direitos das mulheres não podem esperar!” foi o mote para que milhares de mulheres saíssem à rua, primeiro no Porto, a 5 de Março e novamente em Lisboa, no dia 12 de Março, onde nem a chuva impediu uma participação expressiva. Para estas mulheres ”Não há desculpa!” para as diferentes formas de violência contra as mulheres; para as desigualdades no acesso das mulheres à saúde; para a objectificação, exploração e mercantilização do corpo da mulheres e para a degradação das suas condições de vida e de trabalho.

Foram muitas as reivindicações espelhadas nas faixas e cartazes seguradas por mulheres de todo o país. A exigência do direito de todas as mulheres a cuidados de saúde de proximidade e de qualidade ( com especial foco na saúde sexual e reprodutiva) e a uma vida livre de violências, em casa, no trabalho, no espaço público, na publicidade, na internet, nas zonas de conflito e de guerra. Esteve igualmente presente a luta contra os horários desregulados, pelos direitos de maternidade e pelo acesso gratuito e universal a creches.

Para o MDM a degradação das condições de vida e de trabalho, agravadas pela pandemia, colocam as mulheres numa posição vulnerável às múltiplas formas de violência, sendo por isso fundamental eliminar desigualdades e discriminações das mulheres no trabalho, na família e na sociedade, garantindo o direito das mulheres à realização pessoal, profissional e social.

Num momento de grande preocupação com pela escalada de conflitos vividos a nível internacional, “Pela Paz, pelo pão, as mulheres cá estão” foi uma das palavras de ordem mais ouvidas, até porque no entender do MDM sem paz não há igualdade. A solidariedade com as mulheres e os povos da Ucrânia e do resto do mundo que sofrem guerras e ocupações esteve bem patente nestas manifestações. Para o MDM é fundamental garantir a concretização da igualdade na vida e o respeito pelos direitos, integridade, segurança e dignidade de todas as mulheres. Marcaram presença nestas manifestações associações de diversas áreas da sociedade como a AMUCIP, a ASPP/PSP, a CNA, o CPPC, a URAP, entre muitas outras. Para 2023 está novamente convocada a Manifestação Nacional de Mulheres para o Porto e Lisboa, a 4 e 11 de março É já no dia 25 de Abril que a Corrida da Liberdade volta às ruas de Lisboa para celebrar os 48 anos da revolução. O ponto de chegada vai ser a Praça dos Restauradores, para onde milhares de corredores vão convergir a partir de diferentes percursos. A prática desportiva e o associativismo foram também conquistas importantes do processo revolucionário e esta prova está a cargo da Federação das Coletividades de Cultura Recreio e Desporto do Distrito de Lisboa, da Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa (ACCL), da Associação 25 de Abril, com o apoio da autarquia. A prova é aberta a toda a população, incluindo aos praticantes de desporto adaptado, e conta com três provas de atletismo – de 11000 metros, 5000 metros e 1000 metros – e ainda uma caminhada. Os percursos, dispersos pela área geográfica da cidade, vão permitir colorir as ruas da cidade. As inscrições decorrem até ao próximo dia 18 de abril na página da ACCL, onde também se encontra o regulamento da prova.

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