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Metro em greve por efetivos e progressões na carreira

Os trabalhadores do Metro de Lisboa vão realizar uma greve de 24 horas em 4 de novembro, mas os protestos arrancaram com três greves parciais.

Sindicatos pedem total reposição de efectivos e sublinham a importância de progressões na carreira. Depois de três paralisações de forma parcial, o metropolitano de Lisboa vai parar no dia 4 de novembro.


As greves foram anunciadas pela FECTRANS mas as paralisações foram secundadas por todas as organizações sindicais subscritoras do Acordo de Empresa (AE), na sequência de um plenário geral de trabalhadores, em que decidiram que “a luta é a alternativa para defender os direitos”. “Tudo fizemos para evitar este conflito, mas, em bom rigor, estamos uma vez mais a preparar o processo reivindicativo para 2022 e continuamos sem conseguir chegar a bom porto no processo deste ano”, indicou a Comissão Intersindical do Metropolitano de Lisboa à Lusa, considerando que não há um verdadeiro processo negocial.


Sem aproximação de propostas que serviam as partes envolvidas, a Comissão Intersindical criticou a processo negocial: “esbarrámos de novo numa imposição de quem apenas quer fazer alterações unilaterais ao AE e pouco ou nada se preocupa com a melhoria das condições de vida e trabalho, de quem diariamente dá o melhor pela empresa”.


Em declarações à Lusa, a dirigente sindical da FECTRANS Anabela Carvalheira explicou que “a greve não é só contra o congelamento salarial”, porque as negociações “vão além da matéria salarial”, defendendo “uma total reposição de efectivos, que está por cumprir” e sublinhando a importância do “preenchimento imediato do quadro operacional e as progressões na carreira”.


Em comunicado, a Comissão Intersindical do Metropolitano de Lisboa sublinhou que o protesto é “contra o congelamento salarial; pela aplicação de todas os compromissos assumidos pelo ministro do Ambiente e Acção Climática, onde se inclui a prorrogação do AE; pelo direito ao transporte e pela reposição imediata de todos os efectivos, cujas promessas até hoje na sua maioria não passaram do papel”.

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