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CDU acusa Inês de Medeiros de má gestão

Foto: Deensel

A Câmara Municipal encabeçada por Inês de Medeiros (PS) alegou que o empréstimo serve para fazer face a um conjunto de obras já programadas, conciliando com o “esforço que o município tem de fazer para poder concorrer ao Plano de Recuperação e Resiliência”, noticiou o AbrilAbril

Contudo, no mês anterior, a autarquia entregou à banca 20 milhões de euros com uma taxa de juro de 0%, o que não acontece com o empréstimo que pode custar aos munícipes 200 mil euros, devido à taxa de 0,5%.

A denúncia partiu dos eleitos da CDU, que em reunião da Assembleia Municipal confrontaram a presidente Inês de Medeiros relativamente à afirmação de que os 20 milhões de euros constituem uma bolsa para assegurar futuros investimentos. Mas também com as aplicações realizadas em 2020 por grandes municípios desta região metropolitana. Desde logo, pela Câmara Municipal de Lisboa, que, com um orçamento cerca de dez vezes superior, fez uma aplicação no valor de 704 mil euros. 

Por outro lado, são apontadas críticas ao facto de, em ano de pandemia, o executivo almadense, com o apoio do PSD, aproveitar para fazer poupanças, “em vez de cumprir” as suas responsabilidades, nomeadamente ao nível do apoio ao movimento associativo, recreativo e cultural, aos micro, pequenos e médios empresários, mas também às famílias. 

Dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), segundo o AbrilAbril, revelam que no passado mês de janeiro havia mais de seis mil novos desempregados inscritos no Centro de Emprego de Almada do que no mesmo mês do ano passado.

Para a CDU, este depósito de 20 milhões de euros tem também o objetivo de não transitar esta verba para o orçamento deste ano, aumentando a taxa de execução em 2020.

Inês de Medeiros foi eleita presidente da Câmara Municipal de Almada pela primeira vez em 2017 depois da vitória do PS a esse órgão. Num mandato envolto em várias polémicas, uma das que mais deu que falar foi a ordem de asfaltar a estrada na Fonte da Telha contra o parecer de várias entidades. A decisão foi condenada e as autoridades obrigaram a autarquia a reverter as alterações.

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