Fevereiro é o mês do aniversário da instituição A Voz do Operário.
Foi no dia 13 de 1883 que os operários tabaqueiros deram mais um
salto no caminho iniciado quatro anos antes com a fundação deste
jornal com o mesmo nome. Hoje, são muitas as razões que levam
a que milhares de pessoas nos visitem diariamente nos diferentes
espaços que levam mais longe a nossa voz.

Já no fim de janeiro, milhares de trabalhadores decidiram aderir
às diferentes greves convocadas em todo o país e participaram na
manifestação nacional que acabou em frente à residência oficial
do primeiro-ministro em Lisboa. Se à esquerda houve partidos que
fizeram da abstenção uma porta para ganhar avanços no debate na especialidade, cabe ao PS não deixar que caia o ramo de oliveira
obstaculizando aspirações e reivindicações dos trabalhadores.

Nesta edição, A Voz do Operário dá também eco ao protesto das
populações contra os planos do governo de manter e alargar o atual
Aeroporto de Lisboa e construir um novo no Montijo, uma decisão
que deve ser objeto de um debate de fundo, sem estar condicionado
por interesses económicos mas, sobretudo, pelo interesse público.
Este é um processo que merece a atenção de todos, não só por
quem é diretamente afetado.

Em fevereiro, todas as atenções vão estar apontadas para o congresso
daquela que é de longe a maior central sindical do país. A
CGTP-IN vai congregar os seus representantes no Seixal e analisar
a situação atual com o objetivo de traçar orientações para os próximos
anos e, naturalmente, eleger uma direção que trabalhe nesse
sentido.

A situação no Médio Oriente exige também de todos a rejeição
do plano apresentado por Donald Trump e Benjamin Netanyahu
para a Palestina. O documento com mais de 80 páginas é não
mais do que uma Pax Romana e a consolidação da ocupação do
território palestiniano. Com a situação cada vez mais tensa na
região, a mobilização contra o imperialismo é uma necessidade
imperativa.

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