A elevada adesão à greve, que decorre entre 21 de Janeiro até 5 de fevereiro, foi confirmada por António Pascoal, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML/CGTP-IN), ao AbrilAbril.

“A adesão foi de 99% nestes primeiros dias. Em média, o regimento faz entre 40/50 serviços e durante estes dias fez entre 10/12 serviços. Só fez os urgentes. A adesão continua a ser grande porque o descontentamento é enorme”, afirmou.

Tal como a anterior greve em dezembro, os bombeiros sapadores de Lisboa estão a assegurar todos os serviços urgentes onde haja vidas em risco, ficando por resolver situações menores como limpeza e abertura de portas.

Em causa está a decisão do Governo de avançar com alterações ao regime de carreira e aposentação, como por exemplo o aumento da idade de reforma e uma redução salarial significativa. Apesar de não ter havido qualquer discussão prévia, de momento decorrem negociações em paralelo à greve.

Em comunicado, o STML realça que as negociações com o secretário de Estado da Protecção Civil, no passado dia 23, resultaram em alguns progressos, apesar da intransigência do Governo quanto ao aumento da idade de reforma.

“Relativamente à proposta de estatuto de aposentação, o Governo não cedeu uma vírgula (…). Dada a exigência da prestação do serviço de socorro deverão manter-se os actuais limites de idade da carreira e ser instituído um regime que garanta aos trabalhadores o direito a dispensa dessas funções”, lê-se.

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