Opinião

Palestina

Fim à impunidade dos crimes cometidos por Israel e pelos EUA

Até onde pode ir a impunidade do Estado sionista de Israel, que com o apoio dos EUA, que se dá ao luxo de praticar sucessivos crimes de guerra, de levar a cabo um bárbaro genocídio contra o povo palestiniano, se arroga no direito de invadir países vizinhos, como o Líbano, a Síria, a Cisjordânia e agora esta agressão ao Irão, com a participação direta dos EUA, exatamente no momento em que se estavam a iniciar negociações com aquele País.

Saliente-se que o Irão não possui armas nucleares, ao contrário de Israel, o único país da região que as possui e que se recusa a ratificar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

A agressão dos EUA ao Irão, na sequência do apoio que estes asseguraram aos ataques iniciados por Israel contra este país do Médio Oriente, constitui uma clara violação dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.

Esta política de agressão imperialista no Médio Oriente vem de há muito. São décadas de violações do direito internacional, de ingerência, e de guerra por parte dos EUA, de Israel e da NATO com o apoio da UE, de que são exemplo as agressões à Palestina, ao Líbano, ao Iraque, ao Afeganistão, à Líbia, à Síria, ao Iémen, ao Sudão e agora ao Irão, numa ânsia de domínio do Médio Oriente, sempre à custa dos povos, como é exemplo o genocídio do povo palestiniano.

Sim, a UE, é parte ativa nestas ações, o Governo português incluído, designadamente através da permissão da utilização da Base das Lajes. Têm todos as mãos sujas do sangue das vítimas, designadamente dos muitos milhares de palestinianos mortos, a grande maioria mulheres e crianças.

Mais uma vez caiu a máscara aqueles que se arvoram de grandes democratas, que pretendem dar lições ao mundo sobre democracia, mas que afinal são os primeiros a violar os mais elementares princípios do direito internacional.

Mais uma vez ficou clara a verdadeira natureza da NATO, uma força de agressão ao serviço do imperialismo, com os interesses dos EUA à cabeça.

Como se comprovou na recente reunião da NATO, a UE assume uma posição de total bajulação em relação a Trump, estando totalmente disponível para gastar muitos milhares de milhões de euros, que serão diretamente canalisados para os EUA, à custa do bem-estar e da deterioração das condições de vida da população europeia.

A recente declaração da presidente da União Europeia, legitimando as ações de Israel como “direito de defesa”, é uma afronta à verdade e uma clara violação dos princípios do direito internacional. Como é possível que um Estado que tem sido sistematicamente o agressor seja apoiado desta forma? A vergonhosa posição da UE dá assim cobertura ao horrível genocídio em curso contra o povo palestiniano, sujeito a condições brutalmente desumanas, condenado a morrer à fome, a sofrer um bombardeamento diário que tem como objetivo a sua limpeza étnica, procurando-se criar as condições para inviabilizar o Estado da Palestina.

Estes ataques levaram à total destruição das infraestruturas de Gaza, designadamente Hospitais e Escolas, com um enorme rasto de morte. Até os pontos de distribuição alimentar são alvo diário de assassinatos. Nem sequer as crianças são respeitadas, sendo muitas mortas quando simplesmente tentam obter alguma comida que lhes possa atenuar a tremenda fome.

Sim, Israel, os EUA a NATO e a EU são participantes nas ações de agressão e no genocídio em curso do povo palestiniano, desrespeitando as múltiplas resoluções da ONU bem com das determinações do Tribunal Penal Internacional e do Tribunal Internacional de Justiça.

O martirizado povo palestiniano não está só. A sua heroica luta conta com a imensa solidariedade dos povos de todo o mundo e sairá coroada de êxito. Cabe-nos a todos manifestar a mais profunda solidariedade, denunciando a barbárie sionista e pugnando pelo Estado da Palestina, cujo reconhecimento é uma exigência que se impõe e que devemos reclamar, nomeadamente por parte de Portugal.

Mais do que nunca, assume particular relevância a luta pela Paz e a solidariedade, designadamente com os povos vítimas da agressão do imperialismo no Médio Oriente.

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