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A Voz do Operário leva a paz à Avenida da Liberdade

Para além da Marcha Infantil, A Voz do Operário vai ter o habitual arraial nas suas instalações.

Durante vários meses, a ensaiadora Sofia Cruz e muitos voluntários prepararam meia centena de crianças para levar a alegria d’A Voz do Operário às Marchas Populares. Muitos participam pela primeira vez. Entre as meninas e os meninos, também vão desfilar três gémeos ingleses, uma criança moldava, um ucraniano e um indiano. “Este ano temos uma marcha muito diversificada”, explica Sofia Cruz.

Contudo, como se viu no Pavilhão Atlântico, no Parque das Nações, sabe que, apesar de algum nervosismo, os alunos d’A Voz do Operário “acabam sempre por surpreender”. Com as meninas vestidas de alfacinhas e os meninos de operários, as pombas com um ramo de oliveira vão fazer parte da cenografia, inscrevendo a paz como um dos temas centrais desta marcha infantil.

De acordo com Sofia Cruz, tem havido mais apoio na construção dos elementos que compõem a marcha infantil como os arcos. Por outro lado, o trabalho das costureiras foi determinante para que os fatos, com desenho de Nuno Lopes, estivessem no ponto. São cerca de 100 voluntários que dedicam uma parte dos seus dias para que tudo esteja pronto e para que as crianças tenham a melhor experiência.

Entre as canções levadas, estão duas inéditas com letras de Ricardo Gonçalves Dias e Tiago Torres da Silva com música de Carlos Alberto Moniz e Carlos Alberto Vidal. Naturalmente, “Queremos um dia que não vem no calendário” será cantada a plenos pulmões pelas crianças d’A Voz do Operário.

Junho é mês de Marchas Populares e de festa rija nos bairros de Lisboa. São as populações da cidade, sobretudo quem a vive e lhe dá vida todo o ano, as obreiras dos festejos. Mas, desde há muito, que não há marchas sem A Voz do Operário. Desde 1988 que as crianças da instituição abrem o desfile como aconteceu, agora, no antigo Pavilhão Atlântico e como vai acontecer na Avenida da Liberdade. Representam as crianças da cidade e é o corolário de um extenso trabalho a vários braços de uma instituição que se ergueu durante mais de um século através do esforço coletivo.

Festa no Arraial d’A Voz do Operário

Os arraiais dão vida aos bairros de Lisboa durante o mês de junho e o arraial d’A Voz do Operário, na Graça, vai estar, uma vez mais, aberto a milhares de pessoas que vão poder comer sardinhas, caldo verde, entremeadas e refrescar-se com imperiais ou vinho. A música popular com o Trio Nova Opção, na noite de Santo António, vai agitar ainda mais a madrugada mais longa do ano (programa na última página). Entre 5 a 14 de junho, A Voz do Operário também marcará presença, com um espaço de comes e bebes, no Arraial de São Vicente, que decorre no Largo da Graça, juntamente com outro movimento associativo e instituições da freguesia.

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