Sociedade

25 de Abril

“25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”

Uma maré humana voltou a encher a Avenida da Liberdade para celebrar o 51.º aniversário da revolução que acabou com a ditadura fascista em Portugal.

Em clima de primavera, a celebração do 25 de Abril na zona oriental de Lisboa teve lugar, como habitualmente, na Praça Paiva Couceiro, onde se concentraram centenas de pessoas numa iniciativa organizada por várias associações e coletividades. Para além de dezenas de bancas com materiais associativos e políticos, em cima do palco, o Coro Infantil d’A Voz do Operário destacou-se, uma vez mais, na comemoração de uma data fundamental na história do país. Outras associações como o Clube Musical União, o Coro da Casa da Achada, a Tuna de Belas Artes, Udi Fernandes e Pedro Branco deram corpo e voz à festa. Ombro com ombro, as vozes de todos voltaram a cantar à meia noite “Grândola, Vila Morena”, senha da revolução da autoria de José Afonso, onde antes havia discursado um capitão de Abril.

Se houve quem pensasse que por ser sexta-feira haveria menos gente do que o habitual nas celebrações do 25 de Abril, enganou-se. No dia seguinte, a população saiu à rua em várias cidades do país, mostrando que a memória do processo revolucionário continua bem viva. Em Lisboa, a Avenida da Liberdade foi pequena para tanta gente, uma mensagem de força para aqueles que querem ajustar as contas com o processo revolucionário desencadeado há 51 anos. Entre os primeiros a desfilar na manifestação, com as chaimites ao fundo, estavam as crianças, pais, sócios e trabalhadores d’A Voz do Operário, que receberam o aplauso e a solidariedade de muitos dos que assistiam nas laterais. No fim do dia, a instituição encheu para receber a festa do movimento Vida Justa com dezenas de artistas da periferia de Lisboa.

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