Sociedade

Trabalho

Restauração e hotelaria em luta

Trabalhadores da restauração pararam dia 27 de maio para exigir melhores condições de trabalho e vida.

Segundo dados do Banco de Portugal, do final de 2022, um trabalhador nas atividades de alojamento e restauração recebia um salário de 8,4 euros por hora em Portugal, em termos reais, em comparação com 11,5 euros no total da economia. Em março deste ano, o Jornal Económico revelava que, de acordo com números do portal Pordata, o setor do alojamento e restauração é o que paga menos por mês no país: o salário médio mensal dos trabalhadores desta indústria era de 978 euros, em 2022.


No fim de maio, os trabalhadores das cantinas e refeitórios, alojamentos e restauração estiveram em greve para desbloquear a contratação coletiva nestes subsetores. A Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT) encabeçou esta greve de 24 horas de duração. Concentrados em frente à sede da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), estrutura representativa dos patrões do setor, fizeram questão de recordar algumas das suas principais reivindicações.

Para além da contratação coletiva, os trabalhadores exigiam aumentos salariais, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais e 25 dias úteis de férias para todos. O pagamento do trabalho ao fim de semana com um acréscimo de 25% e o pagamento do trabalho por turnos e dos horários repartidos com um acréscimo mensal também com 25% figuravam entre as exigências.

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