Os sócios presentes deram luz verde a uma proposta enquadrada na atual situação económica, ainda de enorme dificuldade para a maioria dos portugueses e também para a Instituição devido ao aumento generalizado dos preços.
Segundo esta proposta, A Voz não deixará de apostar no “reforço sustentado da atividade, contribuindo para o equilíbrio económico e financeiro da Instituição”, antecipando receitas de 6,6 milhões de euros, que mesmo assim não evitam um resultado negativo em 380 mil euros.
No Plano de Atividades para 2024, A Voz anuncia nos seus objetivos que pretende dar destaque ao 50.º aniversário da revolução de Abril e ao 145.º aniversário do Jornal. No próximo ano, a fundação da Associação vai ser celebrada, uma vez mais, com a Sessão Solene e o já tradicional jantar onde se vai homenagear uma figura de grande relevo.
A valorização e rentabilização do património, a publicação regular do Jornal, a atualização das redes sociais, a promoção de iniciativas culturais diversificadas e a participação ativa no movimento associativo mantêm-se como prioridades para os sócios d’A Voz do Operário.
No plano cultural, com o êxito alcançado pela Gala de Fado d’A Voz do Operário, um dos grandes eventos deste género musical em Lisboa, a 8.ª edição será certamente um momento alto da atividade em 2024.
A participação nas comemorações do 1.º de Maio são também um compromisso assumido neste documento, assim como o desfile da Marcha Infantil e os arraiais populares organizados pela Instituição.
Educação
No âmbito educativo, o desenvolvimento do trabalho pedagógico, de acordo com o projeto d’A Voz do Operário, manter-se-á a ligação com a comunidade educativa alargada, no sentido de envolver sempre que possível os sócios com educandos nas atividades da instituição. Entre a extensa proposta aprovada, está o acompanhamento com o Conselho de Escolas da introdução do princípio da heterogeneidade em creche em todos os equipamentos e no 1º ciclo, tendo em conta as realidades diferentes, nos vários espaços educativos. Na Graça, no âmbito de um protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa, vai dar-se início à exploração de um talhão de horta, no Parque Hortícola da Graça, envolvendo os alunos, trabalhadores, as famílias e a comunidade. Este projeto tem como objetivo a promoção do contacto com a natureza, a agricultura em modo de produção biológico, a alimentação saudável e a importância das hortas como garante da biodiversidade da flora e fauna no meio urbano. Entretanto, o Conselho de Escolas será acompanhado e dinamizado com vista a otimizar instrumentos de monitorização para o projeto educativo e da sua atualização.
Em relação à manutenção dos equipamentos, vão prosseguir os contactos institucionais para o apetrechamento dos espaços educativos e vão ser estudadas formas de renovar os equipamentos tecnológicos utilizados por crianças e adultos para o desenvolvimento do trabalho escolar. No Conselho de Escolas, serão discutidos projetos de renovação ou ampliação de equipamentos.
Ação Social
Este setor vai prosseguir o seu trabalho de atendimento e acolhimento de potenciais utentes e respetivas famílias, avaliação das situações e respetiva integração na resposta social. A prestação de cuidados a nível da alimentação e higiene no domicílio habitual de vida dos utentes, auxiliando-os na satisfação das suas necessidades básicas é outra das funções do Serviço de Apoio Domiciliário.
No Centro de Convívio, as atividades desenvolvidas para promover o espírito de grupo, enaltecendo e dando protagonismo ao ser individual, enquanto elemento no seio de um grupo com características comuns. O acompanhamento psicossocial dos utentes de Centro de Convívio, a promoção de oportunidades de participação e envolvimento na vida associativa d’A Voz do Operário, através de atividades que fomentem as relações interpessoais e o sentimento de pertença de grupo e o desenvolvimento de atividades de cariz sociocultural e recreativo fazem também parte do plano para o próximo ano.
Comunicação e cultura
No que diz respeito a outras atividades culturais, A Voz vai manter a aposta numa programação regular de cinema, na catalogação do espólio da biblioteca e no regresso das noites de Quiz. No plano da comunicação, para além da edição mensal do jornal A Voz do Operário, há o objetivo de levar mais longe esta publicação. No 145.º aniversário da mais antiga publicação operária em circulação, pretende-se realizar uma conferência sobre liberdade de imprensa, democracia e pluralismo que envolva meios independentes dos grandes grupos económicos e financeiros, movimentos sociais e comunidade académica.
