A Voz do Operário assume-se como casa de Abril e durante o mês da revolução leva a cabo um conjunto de atividades que envolvem toda a sua comunidades. Dos mais pequeninos aos adultos, há lugar para todos discutirem e aprofundarem o conhecimento sobre a importância incontornável desta data e das construções que, pelas mãos do povo, dela emergiram.
Para além da já tradicional participação nas comemorações populares da Zona Oriental de Lisboa, dia 24 de abril, na Praça Paiva Couceiro (a que antecedeu um participado desfile desde o largo da Graça até ao local da celebração, com muitas crianças a empunhar cravos e palavras de ordem de liberdade), os espaços educativos realizaram atividades com as crianças, com destaque para as exposições realizadas na Graça e no Laranjeiro.
No espaço educativo da Graça esteve patente a exposição resultante do trabalho dos alunos de 2.º ciclo, já reportada na anterior edição d’A Voz do Operário.
Já no Laranjeiro, todas as crianças da creche e do pré-escolar foram envolvidas, numa abordagem que se procurou adequar às idades respectiva. Assim, na creche, os pais foram convidados a filmar pequenas atividades do dia-a-dia das crianças, em casa, que revelassem o desenvolvimento da sua autonomia, porque a autonomia é um passo para a liberdade.
No pré-escolar, e procurando também o contacto com a comunidade envolvente e com ela pensar a liberdade, um grupo de crianças foi para a rua inquirir as pessoas sobre o que era, para elas, a liberdade. Foram ainda realizados alguns trabalhos manuais, como cravos e cartazes, que ficaram expostos no espaço escolar. Ainda na creche, procurou trabalhar-se o paralelismo entre os valores de Abril e os valores da escola, mostrando de que forma é que os segundos reflectem os primeiros, na forma como, internamente, se tomam decisões e se organiza o trabalho.