Primeiro, os utentes souberam da decisão por carta, uma intenção confirmada pela presidente da Junta da União das Freguesias de Caparica e Trafaria, que, através de comunicado, anunciou que tudo faria para que a saída do banco público da zona não se concretizasse.
De imediato, foi lançada uma petição, tendo como primeiros subscritores os autarcas, contra a redução do número de balcões. O plano para encolher a presença e a quota de mercado da Caixa, viabilizado pela Comissão Europeia no âmbito do processo de recapitalização pública do banco, prevê uma redução de 2200 trabalhadores e o encerramento de 180 balcões até ao final deste ano.
Na semana seguinte, foi a vez dos lisboetas se somarem ao protesto, apelando ao governo para garantir que a gestão do banco público atende às necessidades das populações.
Em Alfama e em Marvila, onde se prevê o encerramento de balcões da CGD, os moradores estiveram concentrados junto ao banco, na Rua do Jardim do Tabaco, para contestar e exigir a reversão da decisão.
Vítimas da especulação imobiliária e da turistificação da cidade, os moradores e os pequenos comerciantes recusam o encerramento, noticiou o AbrilAbril, com o consequente reencaminhamento para um balcão no bairro da Graça, e exigem que a Câmara de Lisboa intervenha junto da administração bancária e do governo pela manutenção do banco público junto das populações.
Para além do protesto, a Associação do Património e da População de Alfama (APPA) criou também uma petição dirigida ao executivo, aos órgãos de poder local e à administração da CGD.
Já em Sintra, os moradores de Agualva, Mira Sintra, Massamá e Monte Abraão, concentraram-se em frente à sede do banco público, em Lisboa, para protestar contra a intenção de encerrar duas agências em zonas habitadas por população mais idosa e com dificuldade em deslocar-se, que poderão ficar a uma distância de cerca de três quilómetros de outra agência da CGD.