São muitos os amigos, sócios, instituições e empresas que apoiam A Voz do Operário com ajuda material e financeira.
O apoio material e financeiro à instituição faz parte da história de resistência de uma vida associativa enraizada na classe trabalhadora. Depois da fundação do jornal em 1879, os operários tabaqueiros decidiram lançar uma associação com o mesmo nome que pudesse servir de suporte financeiro da publicação e simultaneamente educar os filhos dos trabalhadores, assim como apoiar a comunidade. Este compromisso com a luta dos operários e com os ideais de progresso e justiça social encontrou sempre nos sócios e amigos uma rede de solidariedade que alavancou a longevidade d’A Voz do Operário.
Muitos, deixaram em testamento o seu contributo para que a histórica instituição prosseguisse o seu caminho para além das suas vidas. Um dos casos mais conhecidos foi o de Fernão Botto Machado que deixou parte importante da sua biblioteca à Voz do Operário. Outro foi o de Sebastião Magalhães Lima que deixou 7 mil escudos, em 1930, para reforçar o cofre de beneficência escolar. Mas também houve quem deixasse um edifício como o jornalista Rocha Martins que morreu em 1952.
Ao longo dos anos, são muitos milhares os sócios e amigos que de forma anónima aderem à campanha “Ajudar assim não custa” com contributos financeiros através da declaração anual de IRS. Para muitos, a opção de consignar 0,5%, sem qualquer custo, a esta instituição é já um hábito. Para outros, a escolha de consignar um contributo em sede de IVA, que implica perda de dinheiro, é mais um compromisso com A Voz do Operário.
Em 2020, o valor recebido pela instituição sobre IRS declarado em 2019 referente a 2018 foi de mais de 25 mil euros e o IVA de quase 3800 euros. Entre 2017 e este ano, A Voz do Operário recebeu quase 111 mil euros em contributos por esta via.
Mas há histórias que mostram como o trabalho da instituição é valorizado por tantos amigos que não sendo sócios entendem a importância de assegurar a continuidade das valências d’A Voz do Operário. É o caso de um amigo que vive em Cuba do Alentejo e que decidiu contribuir com 5 mil euros pelo reconhecimento do trabalho da instituição em prol da solidariedade. Para este amigo, trata-se de “uma contribuição singela”.
É também disso exemplo um cidadão espanhol que vive em Portugal mas que, estando no seu país durante a pandemia e tendo menos gastos, decidiu juntar dinheiro para ajudar uma instituição. Escolheu A Voz do Operário e entregou a sua poupança com um valor simbólico de 1143 euros.
Mas os contributos, maiores ou menores, não chegam apenas de pessoas, também de empresas. Foi o caso da Zinia Confecções que decidiu entregar diferentes peças de roupa interior masculina e feminina à instituição que trabalha muitas vezes com população com grandes dificuldades económicas.
Cada uma destas doações, muitas vezes com grandes sacrifícios, representa o carinho e o reconhecimento do papel d’A Voz do Operário para sócios, amigos e da sociedade portuguesa.