Apesar da pandemia do novo coronavírus, o jornal A Voz do Operário tem chegado a casa dos sócios sem qualquer constrangimento reforçando o valor informativo do mais antigo título operário em circulação. Desde a planificação dos temas pelos membros do coletivo que dá suporte à publicação por vídeoconferência à produção redatorial por parte do jornalista, do paginador e de muitos colaboradores, o jornal não sofreu qualquer tipo de constrangimento.
Na empresa gráfica Funchalense, as rotativas continuam a funcionar e os trabalhadores garantem, nas instalações, em Pêro Pinheiro, que a publicação é impressa a tempo e horas. Os jornais são transportados até à Voz do Operário, na Graça, onde são depois embalados com as respetivas moradas de cada sócio num processo que se repete, mês após mês, há muitos anos, antes de chegar a casa de quem é associado pela mão dos CTT.
Folhear A Voz do Operário é possível graças ao esforço comum de muitas mulheres e homens que, a partir de casa ou nos seus postos de trabalho, ga- rantem que as notícias sobre Portugal e o mundo, com um olhar alternativo, possam abrir uma janela diferente sobre a realidade. Esse trabalho é agora complementado pela página do jornal na internet que disponibiliza os conteúdos mensais, para além de outros, com o objetivo de fazer chegar ainda mais longe um projeto que nasceu em 1879 pela mão de operários tabaqueiros que pretendiam romper com o silêncio da imprensa da época sobre as suas lutas.
Hoje, num contexto particularmente difícil, é ainda mais importante apoiar a imprensa independente dos grandes grupos económicos e financeiros, que dá voz à realidade de quem trabalha e luta por uma vida melhor. A política editorial do jornal mantém-se fiel aos princípios de quem os fundou há 140 anos. Subscrever o jornal A Voz do Operário, fazendo-se sócio da instituição, garante, para além do envio mensal desta publicação, o acesso a um conjunto de atividades e a participação num coletivo de mulheres e homens que intervêm diariamente pelo progresso e justiça social.